quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Depardivovitch

Ganha ares de pantomina, e da pior espécie, a novela sobre a tentativa de fuga de Gerard Depardieu dos impostos dos ricos na França - sobre a qual escrevi aqui mês passado no post O Libé e os ricos.
Depois de compra uma casa no sul da Bélgica e  pedir a nacionalidade belga, cujo dossiê  ainda está sendo analisado, Depardieu recebeu hoje a cidadania russa, das mãos daquele  #*£§µ#= do Poutin, segundo o mesmo Libé. Como acaba de dizer, pelo telefone,  um amigo francês nosso, naquela ironia parisiense que a gente adora: "Depardieu parece que gosta de grandes democracias".
Mas, talvez o melhor comenário vem da cidade de Nantes. Via o Tweeter de Eric Fallourd, responsável de comunicação do grupo ecologista na Assembléia Nacional:
Échangerais volontiers vieil acteur égocentrique et alcoolique contre jeunes femmes incarcérées pr délit d'opinion #Depardieu #PussyRiots"

Traduzindo: "Trocamos, de bom grado velho, ator egocêntrico e alcóolatra por jovens mulheres encarceradas por delito de opinião #Depardieu #Pussy Riots".

E na linha do deboche, aliás, merecido, o ator francês ganhou até um passaporte russo via redes sociais (abaixo).


4 comentários:

Unknown disse...

Pimenta só é bom se for nos olhos de outros!queria ver se taxassem sobre os teus ganhos,como voce reagiria???????


Sds,


Ronaldo Guilherme

Scylla Lage Neto disse...

Edvan, pelo menos desta vez o Brasil está fora deste imbróglio internacional.
Só faltava o Depardieu vir morar no Brasil e casar com a russa Elke Maravilha, podendo requerer duas cidadanias, a russa e a brasileira.
Seria a volta das chanchadas da Atlântida!
Abs.

Silvina disse...

Esse "Bogus" nao faz falta nenhuma à terra brasilis. Deixe que isque por lá e se afogue em vodka.

Edvan Feitosa Coutinho disse...

Imaginem Scylla e Silvina, mas ainda bem que ele prefere vodka a cachaça.
Prezado Ronaldo Guilherme, a pimenta não só jà nos queima os olhos, como nos seca os bolsos. Moro no país em que o imposto sobre salàrios é um dos maiores do Ocidente, com a grande vantagem de que aqui pelo menos temos retorno de serviço pùblico. Compreenda: não condeno Depardieu pela mudança de endereço ou de nacionalidade. Se ele faz tudo dentro da lei, sem privilégios, sem fast-tracks,mesmo que seja para pagar menos imposto, OK. Agora, se abrigar nas asas de uma personalidade como o Putin, e ganhar cidadania russa de maneira acelerada, por decreto, "porque mantém boas relações no jet-set moscovita" (segundo o Libé) é, no mínimo, imoral e dégoûtant.
Abs.