Nesta sexta ancorei para sessão
dupla no SESC Boulevard. A primeira foi para rever a voz bossanovista do Maca Maneschy
e a segunda para ver apresentação do grupo Cuíra.
Quando Maca se junta com Tinoco
Costa (pianista), decerto o aplauso tem gosto de taperebá e o samba toma jeito
de jazz de dar inveja ao Tio Sam. O nosso maior defensor da bossa-nova se sentiu
em casa (ou no seu “Canil”, como se retrata em seu seleto grupo de amigos, o
qual me incluo) e soltou o ponteio.
Também fui aplaudir a peça teatral
“As gatosas”, de Edyr Proença, com o Grupo Cuíra. As Quatro atrizes do Cuíra revisam
a idade em que estão e nos transportam para uma paisagem realista com um sotaque
de humor fantástico, de doer a barriga. Vale à pena ver, se considerar o riso um
gesto frajola da alma humana. Proença é fantástico no que concerne a realidade
com pitadas de realidade (vide em “Selva Concreta”, seu último livro).
Sandra Perlin dá um show de
sapateado, mas fico com aquela que sentou no meu colo (acho que é a Sônia Alão),
em plena cena, e me convidou para reviver meus 20 anos - quando ainda era apenas
um garoto que amava os Beatles e os Rolling Stones.
Vou fazer uma sugestão audaciosa
ao Edyr Proença, visitador-mor juramentado desse Blog, diria o Edgar Augusto:
criar Os gotosos. Certamente, com a capacidade que tem, e com a palavra
tirada da Gota (ou Artrite gotosa, doença que pertence aos meandros da
Reumatologia e tem uma relação direta com a idade), o título estaria bem ajustado.
Eu ia-lhe sugerir, no final da peça, mas minha timidez se sentiu invadida pela
intromissão. Prefiro a palavra escrita, sombra de minha dualidade, sobra de
meus devaneios.
4 comentários:
Também gostei muito de As Gatosas. O Edyr A. Proença avisou que mudou algumas coisas no texto. Legal!
Digo: Legal, as suas sugestões.
Como ficaria então "Os gotosos?".
Acho ótima a idéia, Geraldo! Vou pensar!
Obrigado por ter estado lá. Casa lotada nos quatro dias. Muito legal.
Abs
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