Pelos Andes em viagem,
Da nascença do Juruá,
vim “Pará” nessa paragem,
em cruzeiro no rio-mar
lembro a mais esbelta das palmeiras,
o silvo do sabiá,
“inda” quero a infância inteira,
e um tanto mais para enamorar
tem estrela no sul do nome
e um norte pra me guiar
assim me valer desse “homi”
um tapuio do verbo amar.
me valer desse “home”
um tapuio do verbo amar.
me valer desse homem
um tapuio do verbo amar.
4 comentários:
coisa boa!
o quintal da casa, a infância revisitada, a estrada a percorrer, a nos mostrar que carregaremos conosco a paisagem mãe que nos nutriu nos primeiros dias.
Valeu!
Abel, você levou aos píncaros a palavra MÃE e a ligação umbelical com o meu torrão. Aqui, MÃE toma destino com "paisagem", amamentando desde os primeiros dias. Vi tudo isso ontem, na tevê. Nunca havia votado naquele treco. Fui impulsionado quando lembrei do quintal de casa e daquele rio que tantas vezes me banhei porventura de suas cheias. Valeu!
Roger, conheço Cruzeiro do Sul; pisei por lá com a BBC(a de Londres), gravando um documentário em 1984. Fomos em avião fretado por eles. Uma aventura e tanto. Foi muito importante conhecer o Acre, na altura daquele campeonato. Fronteira da alteridade, por certo!Quando pisei por lá, assisti na televisão aquela tragédia que ocorreu naquele estágio de futebol, e que levou a tomada de medidas enérgicas contra a violência dos torcedores ingleses. Foi, de fato, de grande contraste aquelas cenas diante da realidade urbana de Cruzeiro do Sul. Recordar, é viver!
Marise, vim de lá, e na certa por isso mesmo, vou comemorar meus 50 tons de idade na ilharga daquele rio. Pretendo fazer um relato dessa expedição -com meus filhos-, para dentro de mim mesmo. Eles querem conhecer aquelas bandas até mais do que eu, acredite! Quem sabe vira um texto, numa tentativa jururu de imitar Euclides da Cunha quando visitou o Purus, rio vizinho ao Juruá.
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