Foto: Scylla Lage Neto
A data é incerta e desprovida de qualquer interesse.
O dia, afinal, é hoje, morada de nossa eterna prisão.
O abismo entre a perna e o lago, é real.
Na terra estranha, o vento gelado e a mão que segura a mão
são as únicas testemunhas.
Quatro olhos em pânico miram o balançar da perna sobre o
vazio.
Dois cérebros processam que nada acontece.
O corpo não cai.
Quatro pés correm.
O lago segue imaculado.
Ou não?!...
Foto: Scylla Lage Neto
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