O Central Hotel, qual fênix, renasce amanhã para toda a população de Belém. Por iniciativa da C&A, multinacional do ramo de confecções de origem holandesa, o prédio foi revitalizado e abrigará a mais nova loja da cadeia no norte do país.
Pela fachada, parece que o prédio foi totalmente restaurado. As afirmações do arquiteto Aurélio Meira, profissional de renome que realizou o restauro, e o acompanhamento da obra feito pelo Ministério Público, na pessoa do promotor de Justiça Benedito Wilson Sá, dão o tom de boa notícia ao evento.
Tenho um carinho especial pelo CH. Na década de 90, fui advogado da causa da família do antigo locatário do prédio, que efetivamente o utilizava como hotel e por ele zelou durante quase 4 décadas.
O proprietário anterior – acredito que o mesmo que vendeu o imóvel à C&A – por várias vezes tentou livrar-se do que achava ser uma velharia, desrespeitando sua história e suas linhas arquitetônicas. Lutamos contra uma aquisição irregular, resistindo até o esgotamento dos administradores. A partir da tomada do prédio pelo seu então proprietário, que o adquiriu dos construtores e primeiros donos do CH, nada mais foi como antes: o imóvel, semi-abandonado, teve várias destinações, nenhuma delas garantindo sua preservação. Até agora.
A C&A, o arquiteto da obra e sua equipe de trabalho, o MP e o Movimento Central Hotel, que lutou pela preservação das linhas originais do prédio desde o anúncio da compra pela multinacional, merecem felicitações.
2 comentários:
Não sabia que meu amigo Aurélio estava a frente do projeto. Tranquilizo-me quanto a seriedade do projeto.
É verdade, Oliver. Os envolvidos emprestam seriedade ao projeto.
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