Em três notas, a coluna Repórter Diário de hoje conta que o sedizente prefeito desta combalida cidade estaria com passagem comprada para viajar à Itália, em alegada retribuição da visita de Marco Mairaghi, prefeito de Pontassieve*. Eu nem sabia que ele precisava gastar o nosso dinheiro para fazer esse social (as notas não dizem que haja algum motivo mais concreto para a viagem). Pois bem, até a véspera do feriado nenhum pedido de autorização para sair do país tinha chegado à Câmara Municipal e, sem ela, por força da Lei Orgânica, prefeito não se ausenta, sob pena de sofrer processo para perda do cargo.
Dizem as notas que a intenção do nefasto é, ao colocar Zeca Pirão na interinidade do Poder Executivo, torná-lo inelegível no pleito de outubro. Uma chicana jurídica, que criativos advogados engendraram para o diz que alcaide - que, sozinho, apesar de bacharel em Direito, não teria uma idéia dessas, suponho.
A que ponto chegou esta cidade, governada de velhacaria em velhacaria! Acho que todos são obrigados a admitir que esse tipo de coisa nunca aconteceu antes. Nem as crises de poder no Legislativo municipal. Nem o número de processos em que o Município de Belém figura como réu. Que lástima!
* Podem reclamar, mas o estreitamento de relações entre Belém e a Itália começou durante a gestão de Edmilson Rodrigues, que aproveitou sua condição de arquiteto para defender o status de Belém como o maior repositório de obras de Antonio Landi fora da Itália. Graças a palestras que fez em terras tedescas, Rodrigues conseguiu algumas parcerias - uma das quais rendeu um prêmio que o malsinado recebeu, no começo de seu mandato, obviamente sem fazer a menor referência ao antecessor.
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