Hoje. Comemorações pelo fim II Guerra Mundial. O Globo
A memória do paraense Antonio Cumarú, expedicionário-menino,e de seus companheiros que lutaram na tomada de Monte Castelo.
A relação entre o estado brasileiro e os pracistas sempre foi conflituosa desde que retornaram da Europa. Muitos ficaram desempregados, suicidaram-se ou mergulharam no alcoolismo. De verdade lutaram a vida inteira para que esse país lhes desse o reconhecimento merecido, sem, contudo, quase no fim de suas vidas poderem evitar a indiferença por seus atos:
Ex-combatentes da FEB fecham museu e associação
CLARISSA THOMÉ - Agencia Estado
RIO - Os ex-combatentes da Força Expedicionária Brasileira (FEB) anunciaram hoje o fechamento do Museu da FEB, que guarda registros da participação do País na 2ª Guerra Mundial. A Associação Nacional dos Veteranos da FEB (Anvfeb), que mantinha o museu, biblioteca e assistência jurídica aos veteranos e às famílias deles, também encerra as atividades. Os oito funcionários serão demitidos amanhã.
"Fica claro o descaso dos governos com a história e a memória do País e com aqueles que serviram à Pátria. É imensa a nossa decepção e frustração com as autoridades que só nos usaram e não deram nada em troca. Cerimônias como a de hoje são uma beleza, que só servem para dar projeção a essas autoridades que nos deixam morrer à míngua", disse o presidente da Anvfeb, coronel Hélio Mendes, referindo-se às comemorações pelo fim da 2.ª Guerra.
Em protesto, Mendes não participou da cerimônia do Dia da Vitória, no Aterro do Flamengo, que teve a presença do vice-presidente José Alencar e do ministro da Defesa, Nelson Jobim. A associação foi fundada em 1963. Depois de 13 anos, o governador Carlos Lacerda doou um terreno no centro do Rio, na Rua das Marrecas.
Os veteranos cotizaram-se e ergueram o edifício de cinco andares, chamado Casa da FEB. Nesses 32 anos, o local funcionou oferecendo, principalmente, proteção jurídica gratuita aos ex-combatentes - associados ou não. Cada associado paga uma taxa de 20 reais mensais. "O problema é que muitos associados foram morrendo ao longo dos anos. Os diretores nada recebem pelo trabalho. Todo o dinheiro é para manter a casa. Não temos ajuda de ninguém", afirmou o vice-presidente da Anvfeb, major Thiago da Fonseca.
"Fica claro o descaso dos governos com a história e a memória do País e com aqueles que serviram à Pátria. É imensa a nossa decepção e frustração com as autoridades que só nos usaram e não deram nada em troca. Cerimônias como a de hoje são uma beleza, que só servem para dar projeção a essas autoridades que nos deixam morrer à míngua", disse o presidente da Anvfeb, coronel Hélio Mendes, referindo-se às comemorações pelo fim da 2.ª Guerra.
Em protesto, Mendes não participou da cerimônia do Dia da Vitória, no Aterro do Flamengo, que teve a presença do vice-presidente José Alencar e do ministro da Defesa, Nelson Jobim. A associação foi fundada em 1963. Depois de 13 anos, o governador Carlos Lacerda doou um terreno no centro do Rio, na Rua das Marrecas.
Os veteranos cotizaram-se e ergueram o edifício de cinco andares, chamado Casa da FEB. Nesses 32 anos, o local funcionou oferecendo, principalmente, proteção jurídica gratuita aos ex-combatentes - associados ou não. Cada associado paga uma taxa de 20 reais mensais. "O problema é que muitos associados foram morrendo ao longo dos anos. Os diretores nada recebem pelo trabalho. Todo o dinheiro é para manter a casa. Não temos ajuda de ninguém", afirmou o vice-presidente da Anvfeb, major Thiago da Fonseca.
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