Vendo essa sucessão de notícias sobre candidatos condenados por propaganda eleitoral extemporânea, vem-me à cachola a idéia de que as eleições brasileiras deveriam adotar uma regra emprestada das competições olímpicas: sujeito queima a largada, repete-se a saída; queima a segunda vez, é desclassificado. Afinal, o bom atleta é aquele que tem o preparo físico e emocional até para começar a prova - e para aguardar o momento certo de fazê-lo.
Sugiro isso porque os candidatos preferem sofrer as penalidades (multas que não dóem em certos bolsos) impostas pela Justiça Eleitoral, mas conservar os lucros de algum tempinho na ilegalidade. Como não têm o menor apreço pelo cumprimento das leis, a relação custo-benefício lhes parece favorável.
O fato é que se em toda eleição isso acontece, tem-se uma prova cabal de que a penalidade é ineficaz e, portanto, a lei deve ser alterada, buscando-se algo que seja mais eficiente: não apenas multas mais elevadas, mas perda de tempo em propaganda oficial e até, por fim, a cassação da candidatura.
Mas aprovar uma lei dessas exigiria que os parlamentares não legislassem em causa própria...
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