Assisti O Cavaleiro das Trevas (The Dark Knight). Entre os mais recentes filmes do Batman, esse de fato é o mais sombrio dos quatro, quer pela fotografia, quer pela densidade psicológica com que foram construídos os personagens principais.
Com respeito a esses, destaca-se na película a interpretação de Heath Ledger para o Coringa. É um contra-ponto àquela realizada por Jack Nicholson, que preferiu explorar o lado mais clown do personagem, dando tintas de uma maldade infantil para os atos que praticava, como evocasse aquela ingenuidade vista no seriado de Batman, nos anos 60/70.
O Coringa de Ledger, ao contrário, é um arquétipo do mal, no seu estado mais puro. A ele não interessa roubar para ter dinheiro, ou matar para defender territórios da máfia. A esse Coringa, que Batman enfrenta no Cavaleiro das Trevas, interessa o prazer de praticar o mal pelo mal e a dor física produzida pela maldade, que prescinde de referencial histórico.
Não à toa, quando explica porque tem a boca rasgada, o defeito físico é invariavelmente associado à narrativas discordantes e, certamente, destituídas de veracidade. Para o Coringa, a história é o instante a ser inscrito no rol de maldades que lhe justifica a existência. Para ele não interessa encerrar o jogo, ao contrário, compraz-se com o moto contínuo aterrorizante.
Mas, de fato, sobressai no filme a excelente interpretação do jovem Heath Ledger, ator de carreira promissora, falecido ainda muito jovem, até antes do filme haver estreado no mercado norte-americano. A atuação é uma interpretação definitiva do Coringa, que, dificilmente, outro filme / ator irá superar. Por fim, no Cavaleiro das Trevas, apresenta-se aos espectadores outro arquivilão da série: Duas Caras. Mais filmes de Batman virão.
Com respeito a esses, destaca-se na película a interpretação de Heath Ledger para o Coringa. É um contra-ponto àquela realizada por Jack Nicholson, que preferiu explorar o lado mais clown do personagem, dando tintas de uma maldade infantil para os atos que praticava, como evocasse aquela ingenuidade vista no seriado de Batman, nos anos 60/70.
O Coringa de Ledger, ao contrário, é um arquétipo do mal, no seu estado mais puro. A ele não interessa roubar para ter dinheiro, ou matar para defender territórios da máfia. A esse Coringa, que Batman enfrenta no Cavaleiro das Trevas, interessa o prazer de praticar o mal pelo mal e a dor física produzida pela maldade, que prescinde de referencial histórico.
Não à toa, quando explica porque tem a boca rasgada, o defeito físico é invariavelmente associado à narrativas discordantes e, certamente, destituídas de veracidade. Para o Coringa, a história é o instante a ser inscrito no rol de maldades que lhe justifica a existência. Para ele não interessa encerrar o jogo, ao contrário, compraz-se com o moto contínuo aterrorizante.
Mas, de fato, sobressai no filme a excelente interpretação do jovem Heath Ledger, ator de carreira promissora, falecido ainda muito jovem, até antes do filme haver estreado no mercado norte-americano. A atuação é uma interpretação definitiva do Coringa, que, dificilmente, outro filme / ator irá superar. Por fim, no Cavaleiro das Trevas, apresenta-se aos espectadores outro arquivilão da série: Duas Caras. Mais filmes de Batman virão.
3 comentários:
Dark Knight é um filme importante e marca um momento especial do cinema neste século.
Como acho que você pode ter percebido, tem muito mais a oferecer do que o espectador casual consegue perceber a primeira vista. E mesmo esse espectador, geralmente tem saído do cinema com uma estranha sensação de que vivenciou algo novo, algo inédito e que ainda não sabe muito bem como explicar.
Eu particularmente assisti a duas projeções e estou maravilhado.
http://antoniofonseca.wordpress.com/2008/07/26/batman-the-dark-knight/
Só tenho uma crítica ao filme, acabou com o meu prazer de ir ao cinema pelo menos até o final desse ano.
Oi Oliver,venho lendo os seus textos, quase diariamente. Passei a conhecê-los através do blog do Dr.Alencar.
Considero que são reflexivos e educativos,e a forma como escreve/pensa faz acreditar que é sensível e preocupado com o mundo.Parabéns!
Estou viajando hoje.Caso eu consiga acessar a net no hotel continuarei a visitar o blog.
Abraços,
Consuelo.
Antonio,
Concordo com vc: já é cult movie. E o filme traz algumas questões que merecem uma reflexão mais cuidadosa. Merece, portanto, uma segunda vista. Pretendo fazê-lo quando for lançado em DVD.
Consuelo,
Fico agradecido e honrado com seu elogio. Espero que na viagem continue nos visitando - ao Flanar e ao Blogue do Alencar.
Grande abraço pra vocês.
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