A coluna Repórter Diário de hoje me sai com esta: "O Pará está bem perto de perder para o Amazonas o privilégio de ser uma das sedes da Copa do Mundo de 2014".
Sejamos francos: alguém aí realmente achou que o Pará tinha alguma chance? Decerto os sem-noção que pululam por todos os cantos. Vontade, todos nós temos. Até eu, que detesto futebol, tenho. Afinal, seriam pesados investimentos em infra-estrutura e uma grande visibilidade para a nossa cidade, quando começasse o evento. Mas ter vontade é uma coisa; acreditar, outra. Desde o primeiro momento o Amazonas esteve na frente, com o seu governador posando ao lado de Lula durante o anúncio oficial do Brasil como sede.
No mais, o Amazonas sempre se saiu melhor em termos de marketing do que o Pará. Que me conste, em todos os setores (vide o caso da construção da sede do Tribunal Regional Federal naquela capital, e não em Belém, um exemplo claro de marginalidade política). Só mesmo durante os doze anos de governo das Alices-que-vendiam-um-país-de-maravilhas se fingia que éramos uma espécie de glória da Amazônia. Agora, substituído o festival de ilusões do tucanato por um governo apagado, fica apenas a dura realidade: melhor nos contentarmos com o Fórum Social Mundial (que jamais aconteceria em Belém, se aquele tal tivesse se elegido governador).
Mas aqui também a verdade é dura: prometeram um fabuloso investimento em obras na cidade, para viabilizar o FSM, que ocorre em janeiro de 2009. Faltam pouco mais de três meses e, até o momento, nada de obras - que, diga-se de passagem, pela sua complexidade, demandariam muito mais tempo.
Enfim, é com o coração amargurado que lamento a triste sina de Belém. Estamos no buraco. Depois do FSM, que descortinará a penúria que é esta cidade, nunca mais conseguiremos outro evento de porte por aqui. Aí só restarão os congressinhos no Hangar - aqueles que, por sinal, precisam encerrar as inscrições antecipadamente, porque não há vagas suficientes em hotéis.
Que lástima!
Nenhum comentário:
Postar um comentário