Evo Morales enfrenta forte oposição em cinco departamentos bolivianos (que aqui corresponderiam a Estados). Conflitos cada vez mais violentos têm custado vidas, o que reclama ações concretas e efetivas. Seja como for, é digno de nota que Morales tenha razão quando afirma que, finalmente, a América do Sul está unida em torno de seus interesses, tomando decisões e agindo sem a interferência da turma de fora - que nunca age em prol dos interesses autóctones, e sim de seus mesquinhos interesses de neocolonização. Refere-se ao tratamento que o caso vem recebendo da União das Nações Sul-Americanas (UNASUL), sem nenhum norteamericano dizendo o que deve ou não ser feito.
Sem fazer qualquer defesa ou crítica a Morales e sua política, fico muito satisfeito de ver os países do continente sulamericano tomando as rédeas de suas vidas. Bem ou mal, acertando ou errando, tomando pancada, mas aprendendo a ser soberanos de verdade. Recordo-me, inclusive, de uma das mais belas cenas do filme Diários de motocicleta (Walter Salles, 2004), no qual o protagonista - o ainda jovem Ernesto Guevara de la Serna - discursa em seu aniversário, no leprosário em que se passa significativa parte da trama, dizendo que, após ter viajado do sul ao norte do continente, chegara à conclusão de que "somos todos uma só nação de mestiços".
Que não seja um fato isolado, mas uma real tendência de nova vida e relações internacionais para estes países.
4 comentários:
Yúdice, levei este post para o morenocris.
Beijos.
Bom dia para todos os flanares.
Bom dia, Cris!
Um bom dia, mesmo, com a reprodução das incipientes idéias em outras paragens, para receber outros olhares. Abraços.
Vamos torcer que nos encaminhemos para a sonhada unidade de latino-america, tao sonhada e cantada em verso e prosa nos anos 70/80.
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