A Veja desta semana insiste na tese do grampo contra o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, alçando a circunstância agora a perseguição - esta a palavra usada pelos signatários do artigo.
A reportagem usa termos dúbios e afirmações não tão categóricas; na verdade, trata-se de um texto escorregadio, no limite entre a acusação e a suposição, mas sem indicar explicitamente culpas e responsabilidades - bem no estilo de quem não tem a força das provas ao seu lado.
De todo modo, como dito aqui no blog semana passada, Veja virou sua artilharia (e a de Daniel Dantas, por conseguinte) para o juiz Fausto de Sanctis. É preciso acompanhar com cuidado os próximos passos do hebdomadário da Abril, que a esta altura têm a sutileza paquidérmica de um elefante em loja de cristais.
4 comentários:
A tese não é de Veja. É do ministro Gilmar.
Veja continua insistindo em noticiar.
Não deveria?
Das 21:18hs, vamos partir da premissa que você tenha razão. A ela oponho o seguinte argumento: se é uma tese, não deveria ser noticiada antes de ser comprovada. E não houve comprovação do grampo.
Veja não está noticiando, portanto: está patrocinando uma tese alheia. E isto, convenhamos, não cabe a um órgão de imprensa que se diz independente.
Obrigado pela visita. Volte sempre.
Um ministro que se diz alvo de grampo é uma noticia por si só.
O conteudo de um dialogo que o ministro e o deputado reconheçem ter sido deles, é comprovação.
Para manter de pé sua tese, teriamos que admitir um conluio entre o presidente do STF, o deputado e Veja. Não seria um certo exagero (sem provas) sustentar a sua tese de que o STF e a Veja tramam, a soldo de Daniel Dantas?
Não há exagero nenhum da minha parte nisso, amigo. Exagero, se houver, é do próprio ministro, do deputado e de Veja, para desviar o foco de toda esta discussão das atividades de Daniel Dantas - que, uma vez expostas, podem jogar efetivamente dejetos no ventilador.
Estes dejetos são fatos, não especulações. E como tais, espalham o terror em Brasília e pelo resto do país, nas altas rodas político-financeiras da República.
Lembre, em especial, que o próprio Gilmar Mendes foi advogado-geral da União de FHC, antes de ir para o Supremo. Talvez você não saiba a dimensão das coisas que alguém, nesta posição, passa a conhecer. Para não dizer que estou defendendo o governo Lula, faço o paralelo: um pouco como o ilustre ex-ministro da Justiça Márcio Tomaz Bastos, outro grande advogado, teve que saber durante o primeiro mandato do presidente Luís Inácio.
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