Na frente do Largo, havia três cinemas (houve um quarto, antes, do outro lado da praça, mas este não é do meu tempo); dois deles exibiam filmes pornôs: o Ópera (que, creio, ainda está na ativa) e um dos Nazaré – se o I, ou o II, não me é possível lembrar.
Nesta época, durante a chamada quadra nazarena – os quinze dias que medeiam o Círio e o Recírio –, os cinemas pornôs,
O tempo passou, o Largo agora se chama CAN e os Cines Nazaré I e II viraram uma filial das Lojas Americanas, mas alguns hábitos permanecem iguais. O Amazônia Jornal de ontem, por exemplo, não exibiu as diárias beldades (ou outras nem tanto) em poses sensuais, nem os cadáveres com marcas de barbárie. Em seu lugar, surgiu a imagem da padroeira dos paraenses.
É o estilo Ópera fazendo escola entre os jornais locais.
2 comentários:
O pornô era o Nazaré II. Depois da reforma, quando ele virou um cinema convencional, divertíamo-nos dizendo que íamos ver um filme lá. Também me diverti muito vendo as caras de acanhados com que muitos adolescentes entravam nele ou no Ópera (o "bonzão" e "bonitão"). Dizia-se que era só dar uma graninha para o porteiro e tudo bem. Dizia-se, mas devia ser boato...
De tudo que mudou, mais uma Lojas Americanas ocupando aquele espaço é o que há de mais indecente.
Yúdice,
Antes uma Americanas que uma Universal.
Abração.
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