quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Gilmar, o insistente

Melhor faria o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, se voltasse à atividade de advogado. Ouso sugerir-lhe que abra uma banca de advocacia: prestaria um serviço para si mesmo e para a sociedade brasileira.

Mendes favoreceria a si mesmo porque certamente não lhe faltariam clientes de conta bancária polpuda, a contratar seus serviços, pagando-lhe régios honorários profissionais, turbinados pela experiência que os cargos que exerceu na vida pública lhe trouxeram e pela sólida formação acadêmica – inclusive o lustroso título de Philosophiæ Doctor pela universidade alemã de Münster. Ganharia muito mais do que hoje lhe provém da remuneração de ministro da Suprema Corte e silenciaria os críticos de suas atividades privadas, especialmente a de sócio do Instituto Brasiliense de Direito Público.

No entanto, a principal contribuição de Mendes, caso renunciasse ao cargo de ministro do STF, seria à sociedade brasileira. Afinal, fora do Judiciário, Mendes poderia dizer o que quisesse, contra quem quisesse, que não teríamos de ter vergonha dele. Afinal, não seria um ministro do Supremo a defender torturadores, mas tão somente um cidadão comum a dizer bobagens.

2 comentários:

Anônimo disse...

Bom dia, Francisco:

posso assinar abaixo do seu comentário?

Um abraço.

Francisco Rocha Junior disse...

É uma honra, minha amiga.