Mendes favoreceria a si mesmo porque certamente não lhe faltariam clientes de conta bancária polpuda, a contratar seus serviços, pagando-lhe régios honorários profissionais, turbinados pela experiência que os cargos que exerceu na vida pública lhe trouxeram e pela sólida formação acadêmica – inclusive o lustroso título de Philosophiæ Doctor pela universidade alemã de Münster. Ganharia muito mais do que hoje lhe provém da remuneração de ministro da Suprema Corte e silenciaria os críticos de suas atividades privadas, especialmente a de sócio do Instituto Brasiliense de Direito Público.
No entanto, a principal contribuição de Mendes, caso renunciasse ao cargo de ministro do STF, seria à sociedade brasileira. Afinal, fora do Judiciário, Mendes poderia dizer o que quisesse, contra quem quisesse, que não teríamos de ter vergonha dele. Afinal, não seria um ministro do Supremo a defender torturadores, mas tão somente um cidadão comum a dizer bobagens.
2 comentários:
Bom dia, Francisco:
posso assinar abaixo do seu comentário?
Um abraço.
É uma honra, minha amiga.
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