O blog Espaço Aberto divulga notícia de que o MPF do Pará determinou o pagamento de 200 mil reais/dia pela Telemar (Oi/Velox) como multa por descumprimento de decisão judicial de outubro deste ano, que desobrigava seus usuários de possuírem e pagarem os chamados provedores de acesso.
É hora mesmo destes serviços de acesso à internet em banda larga começarem a cobrar exatamente o que seria justo. Lembro que não me importaria em pagar um bom provedor de conteúdo, como é o caso do UOL. Só não concordo em ser obrigado a fazê-lo para acessar a web (provedor de acesso).
Uma coisa é uma coisa. Outra coisa é outra coisa.
Já vai longe a época em que esta norma se justificava, quando todos nós dependíamos de acesso discado e o provedor de acesso era verdadeiramente indispensável, tendo em vista os altos preços de acesso a web através do backbone da Embratel, monopolista no serviço então, nos primórdios da web comercial no Brasil.
De lá para cá, a política das teles mudou, a Embratel foi privatizada, as tecnologias de acesso via fios de cobre se atualizaram (ISDN, ADSL) e todos os antigos provedores de acesso já tiveram tempo suficiente para diversificarem suas áreas de atuação na área de TI, inclusive fornecendo serviços a área corporativa, como é o caso da Amazon Corporation, uma das pioneiras na cidade. Se não o fizeram, é algo que foge a minha compreensão.
E o prometido WiMax? Alguém sabe dele por aí? É uma miragem afinal? Qual a razão de não haver deslanchado ainda? Alguém acha que as companhias de telefonia móvel ficariam muito satisfeitas com a implantação desta tecnologia no Brasil?
Dou um doce para quem descobrir.
Manter a obrigatoriedade do provedor de acesso, temendo a quebradeira de alguns pobres inominados, é conversa pra boi dormir. E acaba por ser uma norma perversa ao consumidor, mantida ad eternum, sem nada que o justifique.
Como se não bastasse o alto custo por kbps pago na região norte, ainda temos que engolir a despesa adicional OBRIGATÓRIA com o provedor de acesso????
Lembro que o serviço Speedy, fornecido em São Paulo pela Telefônica, (com taxas de mais de 8 mbits/s já sofreu medida judicial semelhante, tendo inclusive obedecido a ordem judicial por um tempo. Contudo, voltou a cobrar pelo provedor de acesso recentemente. Leia mais a respeito clicando aqui. Portanto, ninguém se anime. Tudo pode voltar atrás, mais rapidamente do que imaginamos.
Há um tempo atrás, sempre fuçando atrás de outras alternativas de banda larga (em Belém são pouquíssimas), entrei em contato com o serviço iJet, fornecido pelas empresas ORM. Trata-se de um serviço que promete garantir integralmente a banda contratada, ao contrário do Velox, que contratualmente, diz garantir apenas no máximo 10% da taxa contratada (muito embora, fazendo justiça, nos dê bem mais do que o mínimo contratado na maior parte do tempo). Além do mais, é fornecido de maneira diferente do Velox, utilizando a mesma estrutura de fibra ótica instalada para prover seus canais de TV à Cabo. Ao ler um anúncio publicado nos próprios veículos de comunicação das ORM, senti-me atraído pelos preços divulgados como promocionais e resolvi telefonar para obter mais informações.
Após falar com o setor técnico responsável pelo serviço e esclarecer as dúvidas técnicas, fui direcionado ao departamento comercial para entender as condições de fornecimento do serviço.
Para minha supresa, me foi dito que seria obrigatório a contratação do provedor de acesso e que este, teria que ser OBRIGATORIAMENTE o Portal ORM.
Muito engraçado, não? Trocar o UOL pelo Portal ORM não seria exatamente trocar 6 por meia dúzia, não é verdade? Melhor ficar com o Velox então. Não por acaso, acabei recebendo logo em seguida uma ligação do serviço Oi/Velox fazendo uma proposta interessante de upgrade de banda, mantendo basicamente a mesma mensalidade que já vinha pagando.
Lembro que recentemente, em Salvador, quase que imediatamente após a chegada na cidade de um forte concorrente, a Oi/Velox se viu obrigada a reduzir drasticamente sua tabela de preços, além de aumentar as velocidades contratadas.
Mas o pior mesmo, é que vivemos aqui neste fim de mundo. E ninguém parece ter interesse em entrar neste mercado e balançar o coqueiro desta galera. Se balançar um pouco, é melhor sair de baixo. Portanto, torço para que o MPF ganhe esta parada e vire o jogo definitivamente a favor dos consumidores.
É hora mesmo destes serviços de acesso à internet em banda larga começarem a cobrar exatamente o que seria justo. Lembro que não me importaria em pagar um bom provedor de conteúdo, como é o caso do UOL. Só não concordo em ser obrigado a fazê-lo para acessar a web (provedor de acesso).
Uma coisa é uma coisa. Outra coisa é outra coisa.
Já vai longe a época em que esta norma se justificava, quando todos nós dependíamos de acesso discado e o provedor de acesso era verdadeiramente indispensável, tendo em vista os altos preços de acesso a web através do backbone da Embratel, monopolista no serviço então, nos primórdios da web comercial no Brasil.
De lá para cá, a política das teles mudou, a Embratel foi privatizada, as tecnologias de acesso via fios de cobre se atualizaram (ISDN, ADSL) e todos os antigos provedores de acesso já tiveram tempo suficiente para diversificarem suas áreas de atuação na área de TI, inclusive fornecendo serviços a área corporativa, como é o caso da Amazon Corporation, uma das pioneiras na cidade. Se não o fizeram, é algo que foge a minha compreensão.
E o prometido WiMax? Alguém sabe dele por aí? É uma miragem afinal? Qual a razão de não haver deslanchado ainda? Alguém acha que as companhias de telefonia móvel ficariam muito satisfeitas com a implantação desta tecnologia no Brasil?
Dou um doce para quem descobrir.
Manter a obrigatoriedade do provedor de acesso, temendo a quebradeira de alguns pobres inominados, é conversa pra boi dormir. E acaba por ser uma norma perversa ao consumidor, mantida ad eternum, sem nada que o justifique.
Como se não bastasse o alto custo por kbps pago na região norte, ainda temos que engolir a despesa adicional OBRIGATÓRIA com o provedor de acesso????
Lembro que o serviço Speedy, fornecido em São Paulo pela Telefônica, (com taxas de mais de 8 mbits/s já sofreu medida judicial semelhante, tendo inclusive obedecido a ordem judicial por um tempo. Contudo, voltou a cobrar pelo provedor de acesso recentemente. Leia mais a respeito clicando aqui. Portanto, ninguém se anime. Tudo pode voltar atrás, mais rapidamente do que imaginamos.
Há um tempo atrás, sempre fuçando atrás de outras alternativas de banda larga (em Belém são pouquíssimas), entrei em contato com o serviço iJet, fornecido pelas empresas ORM. Trata-se de um serviço que promete garantir integralmente a banda contratada, ao contrário do Velox, que contratualmente, diz garantir apenas no máximo 10% da taxa contratada (muito embora, fazendo justiça, nos dê bem mais do que o mínimo contratado na maior parte do tempo). Além do mais, é fornecido de maneira diferente do Velox, utilizando a mesma estrutura de fibra ótica instalada para prover seus canais de TV à Cabo. Ao ler um anúncio publicado nos próprios veículos de comunicação das ORM, senti-me atraído pelos preços divulgados como promocionais e resolvi telefonar para obter mais informações.
Após falar com o setor técnico responsável pelo serviço e esclarecer as dúvidas técnicas, fui direcionado ao departamento comercial para entender as condições de fornecimento do serviço.
Para minha supresa, me foi dito que seria obrigatório a contratação do provedor de acesso e que este, teria que ser OBRIGATORIAMENTE o Portal ORM.
Muito engraçado, não? Trocar o UOL pelo Portal ORM não seria exatamente trocar 6 por meia dúzia, não é verdade? Melhor ficar com o Velox então. Não por acaso, acabei recebendo logo em seguida uma ligação do serviço Oi/Velox fazendo uma proposta interessante de upgrade de banda, mantendo basicamente a mesma mensalidade que já vinha pagando.
Lembro que recentemente, em Salvador, quase que imediatamente após a chegada na cidade de um forte concorrente, a Oi/Velox se viu obrigada a reduzir drasticamente sua tabela de preços, além de aumentar as velocidades contratadas.
Mas o pior mesmo, é que vivemos aqui neste fim de mundo. E ninguém parece ter interesse em entrar neste mercado e balançar o coqueiro desta galera. Se balançar um pouco, é melhor sair de baixo. Portanto, torço para que o MPF ganhe esta parada e vire o jogo definitivamente a favor dos consumidores.
8 comentários:
Ano que vem eu vou é agradecer essa internet que pagamos aqui em Belém. Devo ir pra Macapá e lá, meu amigo, é conexão discada! 46 ou 52 kbps é o normal por lá. MInha mãe consegue 115,2 kbps com o provedor UOL, e é considerada uma conexão "ferrari" rsrsrsrsrsrs... Existem conexões via rádio, mas não tenho conhecimento da velocidade que conseguem.
De Belém para cima, e para Oeste, é tudo uma lástima, Daniel.
Estes, vão continuar sofrendo muito.
"E o prometido WiMax? Alguém sabe dele por aí? É uma miragem afinal? Qual a razão de não haver deslanchado ainda? Alguém acha que as companhias de telefonia móvel ficariam muito satisfeitas com a implantação desta tecnologia no Brasil?
Dou um doce para quem descobrir."
Pergunta para o Hélio Costa (Minicom) porque ele entrou na justiça e impediu o leilão das faixas de frequência para o WiMAX no Brasil. Até agora isso só beneficiou a Embratel (a única que possui outorga para explorar WiMAX em faixas que requerem licença em todo o território naciona - dentro em breve ela deve estar pintando por aí com o serviço dela) e as operadoras, que justamente seriam as principais prejudicadas com a nova concorrência.
Na realidade a Anatel desejava que as empresas de telecom não pudessem adquirir as licenças para WiMAX em áreas onde já atuassem com banda larga, mas parece que o ministro não concorda muito com essa idéia.
Ivan,
O problema de Macapá não está nos provedores de acesso, que no geral possuem infra-estrutura adequada para prover serviços. A deficiência está no fato de que não existe alternativa viável ao link de satélite da Embratel para conexão ao backbone da Internet. Em outras palavras, o preço de acesso ao backbone (através da Embratel) é absurdamente caro para os provedores e a própria Embratel não atende os pedidos de expansão (aumento da velocidade contratada) feitos pelo provedores.
E não existe rota terrestre para (link através de cabos) para interligar Macapá ao resto do país. Uma lástima mesmo.
Chegando lá, onde você pode conseguir uma conexão mais ou menos decente é no aeroporto através da rede WiFi da Infraero.
A Telefônica afirmou nesta terça-feira que todos os usuários do seu serviço de banda larga Speedy somente conseguirão a rede por meio de um provedor privado. De acordo com a empresa, os clientes estão sendo informados que, por decisão judicial, não poderá mais oferecer acesso através do login "internet@speedy.com.br'" e da senha "internet" a partir da próxima sexta-feira (7).
"Dentro de poucos dias o acesso através deste login e senha será bloqueado", afirma a empresa em comunicado no site. Na mesma página, a Telefônica remete o usuário para um local que oferece alternativas de provedores pagos e gratuitos.
Segundo a empresa, o retorno da exigência de provedor para o serviço de banda larga acontece devido a uma decisão judicial em meados deste ano que suspendeu uma decisão da 3ª Vara Federal de Bauru, concedida em setembro do ano passado. Na ocasião, o juiz Marcelo Freiberger Zandavali tornou temporariamente ilegal a exigência de provedor para os usuários de Speedy.
Fonte: UOL
É isso aí.
Obrigado, anônimo da madrugada, por complementar o post.
Abs
Obrigado, Antonio Fonseca. Com certeza vou abusar dessa dica rsrsrsrsrs...
Graças a Deus esse é um problema do qual estou livre.
A concorrência aqui é violenta e o serviço é de 1.o mundo.
A conexão em minha casa é um foguete de 6 gb, aferido. Uma beleza.
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