sábado, 20 de dezembro de 2008

Flanando para 2009

Itajaí de Albuquerque – Céus, Brasília!

ESFERA

Geometricamente só,
apenas e sempre o mesmo:

gravitar sem fulcro, a esmo,
como pequenina mó
que se perdeu do moinho
onde o tempo é triturado
e, grão após grão, contado...

Não há formas, mas a Forma
equilibrada e sutil;
a Sombra única em mil
gamas de luz se deforma.

Aparecer igualmente
à fé ilógica dos crentes
e ao escárnio dos ateus.
Ser vivo, e ser – entrementes,
resolvido como um deus.

Geir Campos – Rosa dos Rumos



2 comentários:

Scylla Lage Neto disse...

Itajaí, só posso agradecer pelos sonoros poema e fotografia.
Seria flanar o mesmo que "gravitar quase a esmo"?
Um abraço.

Itajaí disse...

Scylla, seria isso nesse sentido, ou melhor um verbo adquirindo novo atributo com a modernidade.
O elogio para a foto é meu presente de Natal.
Abs.