O mercado de música, desde a criação dos arquivos digitais de excelente qualidade (mp3, wmv, entre outros), viu-se severamente abalado na última década. Mas não foi exatamente a criação da tecnologia de compressão digital a principal causa do fenômeno. A tecnologia, baseada em algoritmos de compressão desenvolvidos com maestria, o desenvolvimento da grande rede mundial, além do exponencial desenvolvimento da capacidade de processamento digital, em minha opinião, são avanços inarredáveis. Contudo, o conjunto todo de avanços, parece ter ferido gravemente alguns velhos modelos de comercialização musical, baseados em produtoras, gravadoras, distribuidoras, entre inúmeros outros atores na cadeia de produção. Penso que o ônus maior, acabe pesando sobre a parte aparentemente mais fraca nesta ciranda: o músico.
Mas todos os atores deste cenário, viram-se de uma hora para outra, afrontados por uma consequência quase natural da música digital: a facilidade de compartilhar grandes volumes de arquivos pela internet ou através de mídias de armazenamento.
A pasmaceira é geral. Reações raivosas dos tubarões de sempre, começaram a pipocar. Processos, prisões, DRM, tudo foi inventado para limitar o compartilhamento arquivos digitais.
Mas apenas poucos, além de seu tempo, entenderam que o momento exigia a mudança de um paradigma. A Apple, por exemplo, com seu iTunes, vendendo singles legais por 99 centavos de dólar, criava um novo modelo de comercialização de produtos musicais, ampliando inclusive, para o mercado de vídeos e, recentemente, aplicativos para seus iPods Touch/iPhones.
Mas e os músicos? Como ficam nesta batalha?
O The New York Times apresenta hoje uma interessante matéria, sobre uma das maneiras em que os músicos tem lançado mão, para aparecerem ao menos como um ponto no radar.
Exemplo muito claro da tendência analisada pelo Times, é este vídeo abaixo.
A francesa nacionalizada israelense Yael Naim, surgiu para o mundo com o lançamento em janeiro de 2008 do Macbook Air pela Apple.
Mas viu o que aconteceu quando você tentou clicar no primeiro vídeo?
Pois é! É a tal da "pasmaceira".
Mas veja abaixo um outro vídeo, onde você poderá ouvir tranquilamente a famosa música de Yael Naim. Desta vez, como um prosaico "karaoke". :-)
I'm a new soul
I came to this strange world
hoping I could learn a bit about how to give and take
But since I came here
felt the joy and the fear
finding myself making every possible mistake
La-la-la-la-la-la-la
See, I'm a young soul
in this very strange world
hoping I could learn a bit 'bout what is true and fake
But why all this hate? Try to communicate,
finding trust and love is not always easy to make
La-la-la-la-la-la-la
This is a happy end
cause you don't understand
everything you have done
why's everything so wrong?
This is a happy end
come and give me your hand
I'll take you far away
Simples assim!
Leia mais sobre o polêmico assunto, nesta ótima matéria dominical do Times, em
Songs From the Heart of a Marketing Plan.
3 comentários:
Só tem um probleminha, o colunista Jon Pareles carregou tanto no alarmismo que chego a acreditar que ele está mesmo é interessado em entregar o recado de alguém.
Ahahahah!
Muito bem observado, Antonio.
Concordo com o Antonio e deixo aqui uma dica que mostra que os artistas e seu público potencial podem ganhar muito com a Interede.
Bem, ganhar em um sentido mais "humanístico" do termo. Eu acho isso, realmente, essencial!
Óiem só aqui:
http://br.youtube.com/watch?v=5ofaoLKPz7c
Abs, Rz
(Tomara que dessa vez o "link" esteja correto)
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