segunda-feira, 24 de agosto de 2009

3a divisão mundial

Gosto muito de futebol. Sou um torcedor daqueles de ir ao estádio, apoiar (e em geral me aborrecer) meu outrora glorioso, mas ainda amado, Clube do Remo.

Sempre, desde criança, fui um entusiasta de esquemas táticos, de saber o nome de jogadores, de conhecer técnicos e árbitros. Enfim, era o que se costuma chamar de aficcionado, ou viciado mesmo.

Nesses tempos de insanidade, não conseguia entender como alguém poderia torcer por um time de fora. Mesmo que eu tenha sido, por um bom tempo, um torcedor também apaixonado pelo Botafogo do Rio de Janeiro, dava sempre preferência ao clube local. Esta preferência foi virando quase exclusividade, a ponto de o antigo amor pelo alvinegro carioca ter virado uma simples simpatia - se bem que, como diz aquele famoso bloco de carnaval, "simpatia é quase amor".

Há alguns anos, venho me interessando pelos campeonatos estrangeiros. Campeonato espanhol, italiano, Premier League passaram a fazer parte eventual da programação de final de semana, em detrimento das partidas vespertinas do chamado Brasileirão. Ontem, porém, a tampa do caixão do campeonato brasileiro se fechou para mim.

Vindo de Siena e Milan, no sábado, com direito a passes inimagináveis de Ronaldinho Gaúcho e dois gols de Alexandre Pato para o time rossonero, e do show de Messi, Henry, Ibrahimovich e companhia limitada no Barcelona versus Athletic Bilbao, assisti 15 minutos de Avaí e Flamengo. Resultado: meu olho inchou, ficou vermelho, lacrimejante e fotossensível. Um jogo do campeonato brasileiro me deu alergia!

Na hora, cancelei meu Premiere Futebol Clube (quase 60 reais mensais disperdiçados por tanto tempo) e troquei de mal com o Brasileirão. Só volto a vê-lo quando o futebol brasileiro tomar vergonha na cara.

4 comentários:

Ivan Daniel disse...

Vai demorar, Francisco. Vai demorar... Fiquei tentado a dizer nunca, mas ainda tenho esperança.
Não sou paraense, sou amapaense, mas foi no Pará que aprendi a ser torcedor. Por isso, quando morei alguns anos em Brasília, e via aquele povo todo torcendo só para times do Rio, São Paulo, Minas, Rio Grande do Sul, sempre falava que era torcedor do Papão quando me perguntavam. Agora que voltei pro Amapá, meus amigos e parentes não entendem por que não digo mais que torço pro Flamengo. Ah! Que saudade dos domingos no Mangueirão, na Curuzú...

Francisco Rocha Junior disse...

Ivan,
Se os times da nossa 1a divisão são sofríveis, imagina o resto...
No nosso caso, nem precisamos imaginar.
Abração.

Anônimo disse...

Não , Francisco , não ; pelo amor de Deus , não me deixe só , ainda me resta um pequena esperança de que o nosso Bosta , ops Bota sobreviverá apesar do time medíodre e de uma má vontade que já virou histórica dos juízes , ontem foi assim de novo ; na contrapartida aguardo ansioso a volta aos campos do nosso Leão , tão querido e mal tratado.
Não me deixe só.
Abraços sofridos
Tadeu - Botafoguense e Remista obrigatoriamente em maiúscula e necessariamente nesta ordem.

Francisco Rocha Junior disse...

Grande Tadeu,

Ainda tenho esperanças... vamos ver no que isso dá. Principalmente para o nosso Leão Azul, já que o Botafogo, pelo menos, está na 1a divisão.
Abração.