Há tempos atrás, quando a insuportável revista INFO falava freneticamente de uma coisa chamada Second Life (SL), eu escrevia o seguinte neste post:
Definitivamente estou ficando velho?
Seria o SL apenas mais um destes hiperfluxos paroxísticos da web (a que se convencionou chamar de "bolha") que costumam deixar alguns ricos e outros muito pobres? Ou mais um motivo para nos grudar na cadeira, longe da convivência do mundo real?
De uma maneira ou de outra, não senti firmeza.
E o Second Life praticamente se foi! E muitas empresas, bancos, cadeias de lojas entre outros, entraram na onda do SL. Ele ainda está lá. Mas ninguém fala mais nele.
Agora vem o Twitter. E a revista INFO, mais uma vez, dana-se a falar dele pelos cotovelos. Cuidado! Perigo! Perigo!
Contudo, no Twitter vejo uma proposta diferente. Algo que de fato tem o potencial de aglutinar milhares de pessoas. Pelo simples fato de limitar o número de caracteres configurando o que vou chamar de micropost.
Mas exatamente esta característica, não sei se notaram, é que faz dele um exigente serviço. Devem sobreviver, aqueles que de fato possuem e dominam o chamado poder de síntese. Definitivamente, reconheço que esta não é uma de minhas qualidades. Daí minha natural atitude arredia frente ao microblog.
Sinceramente, em ao menos um honroso usuário do Twitter eu boto fé*. Até mesmo pelo simples fato de que um parece ter sido feito precisamente para o outro. Cliquem aqui e saberão de quem eu falo. Não concordo com exatamente tudo que ele diz. Mas reconheço nele, o histórico uso do poder de síntese.
O resto, com raríssimas exceções, é puro lixo! Se os leitores tem dúvidas, dêem uma lida aqui.
*agradeço a dica feita originalmente pela "dona" deste blog.
7 comentários:
A ferramenta virou uma bacia de superficialidades. E não por outro modo, pois há uma relação direta inequívoca: quando a postagem é banal, a onda de respostas será banal, pois abobrinha conjuga abobrinhas no espaço e no tempo. E assim se sustentam porque sempre há quem aprecie tais banalidades.
Mas não sejamos tão duros com o Twitter. Assim como tu, não o vejo de todo sem valor. Acho que a rede possui um papel de relevância em alguns campos, com bom potencial educativo se explorado por mãos hábeis e honestas.
Carlinhos,
O Twitter é o que aqueles que dele fazem uso são. Assim será com toda e qualquer rede de relacionamentos: Facebook, Orkut, Linkedin e assemelhados.
Assim também é na política, nas escolhas que fazemos, seja no plano pessoal, quanto no plano público.
O problema não está na mídia. Está em quem o utiliza. Assim é com qualquer meio midiático: a imprensa, os livros, os discos... Reverbero as palavras do Itajaí: não sejamos tão duros com o Twitter. Na verdade, não sejamos também tão duros conosco. Tudo isso é decorrente da educação média do brasileiro, do americano, do usuário da internet.
Em relação à crítica feita no blog do Chico Cavalcante, eu desconfiaria de qualquer comentário de quem defende que o "terceiro mandato é tendência dominante no continente".
Abraço.
O Chico não deveria escrever essas coisas...rsrsrsrs. Vai ver que foi a febre que deu nele semana passada.
Realmente, pegaram pesado com o Twitter. Lembro que na sexta série a nossa turma do colégio Moderno tinha um blog. Era só abobrinha. Fotos do pessoal no intervalo, fofoquinhas, montagens, essas coisas.(A melhor das montagens era uma feita provavelmente em Paint. Nela, colacaram uma bunda de fio dental ao lado d'uma foto do rosto de um amigo nosso, o vulgo "cara de bunda", apelido que ganhou em virtude de suas notáveis bochechas. A raiva dele...rio até hoje!)
E não éramos os únicos, vários moleques tinham páginas no blogspot.
Blogs já não eram mais só besteira, mas ainda havia muita. Provavelmente houve uma espécie de "seleção vitual", e os blogs hoje são o que são. O Twitter é uma ferramenta muito interessante, se usada da forma correta e não for superdimensionada. Dificilmente - pra não dizer nunca - ele será como os blogs, em termos de importância e utilidade, mas, com o tempo, talvez haja uma "desintoxicação" que o permita ser levado a sério e mostrar a que veio.
Talvez.
Por enquanto ficam existindo Twitter's como o meu, que só servem pra ler o dos outros e postar besteiras.
Abs
Feitas as ressalvas do texto original, lamento informá-los que meu mal humor permanece em relação ao Twitter. Só acompanho alguns (uns 2) e nada mais.
Sorry for that!
Concordo com o Francisco.
Quanto ao Twitter, assim como várias tecnologias ele começou sem muita pretensão, sem ao menos aplicabilidade prática, mas lentamente vem penetrando em nossas vidas online.
Posso dizer a vocês, e sem medo de errar, que trata-se de uma ferramenta eficiente para perceber tendências e medir a repercusão de um fato ou notícia.
Só não esperem descobrir o sentido da vida lendo um post de microblog com apenas 140 caracteres.
Shakespeare, Camões, Machado de Assis, dentre outros, também não sofrerão qualquer abalo com o advento do Twitter! ;-)
Menos, Antonio.
É demais você querer argumentar a favor do Twitter afirmando que teríamos a pretensão de "encontrar o sentido da vida" por lá.
Era só o que faltava.
Quanto ao Twitter, quem gostar que continue utilizando-o. Eu, mais uma vez, tô fora.
Há contudo uma pequena diferença, que acho que ficou clara no texto: não gosto e não gostarei de postar no twitter. Nada contra continuar lendo os 2 que ainda acompanho.
Rsssss
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