Do comentarista Lafayette, citando Mário Quintana, no post Um assunto delicado I, de Val-André Mutran.
INSCRIÇÃO PARA UM PORTÃO DE CEMITÉRIO
Na mesma pedra se encontram,
Conforme o povo traduz,
Quando se nasce - uma estrela,
Quando se morre - uma cruz.
Mas quantos que aqui repousam
Hão de emendar-nos assim:
"Ponham-me a cruz no princípio...
E a luz da estrela no fim!"
Mario Quintana - A Cor do Invisível
2 comentários:
Ôpa, obrigado pela ribaltada (calma, Yúdice, olha a pressão! rsrs) do Mario. Mario me encanta. Não esgoto sua leitura e releitura.
Tenho a obra completa. Já a li e reli.
Muitas coisas ainda não consegui entender, e nem sei se terei tempo e experiência para tanto. Vai que a morte chegue antes... e, como ele disse: "A morte não melhora ninguém.". Mestre!
Aliás, Barreto, Mario não é Mário. Não tem acento. E ele, no começo, ficava um pouco emputessido com isso, mas, depois, relaxou e até se divertia.
O "Mario sem acento" me fez criar um poeminha, tempos atrás, que ousarei a tirar da caixa particular, em primeira mão, para o amigo:
BENDITO ESCRIVÃO
"Mário não é Mario
Como Mário, não
É Mario.
Sem acento pois
Se acento tivesse
Não seria Mario
É Mário.
Sem assento fica
Assim, em pé
Com acento
Fica assim com pê de puto
E, se assento quisesse
Procuraria o da praça
Onde o passarinho
Como previsto
E com acerto
Passará."
Ontem, o Paulo do Espaço Aberto, postou uma foto e uma frase do Quintana, com Mário. Mandei um email pra ele sobre a não acentuação, e ele consertou.
E não é que lá um anônimo (sempre eles) ousou a atacar, banalmente, a poesia do Mario. Tô "travando" uma luta, cutucando só no fígado! réréréré
http://blogdoespacoaberto.blogspot.com/2010/01/o-que-ele-disse_06.html
Absolutamente perfeito!
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