A jornalista Franssinete Florenzano chama atenção sobre o transtorno da escassez de neonatologistas na Santa Casa de Misericórdia do Pará, hospital público de referência estadual para a saúde materna e infantil. A falta de profissionais e a demanda crescente pelos serviços do hospital dimensionam o impacto dessa bomba relógio na saúde pública paraense.
Mas aqui há uma variável importante a considerar: em todo o Brasil há uma crise no quantitativo especializado de pediatras, que alguns justificam como derivado da pouca atratividade das especialidades básicas (Clínica Médica, Pediatria, Ginecologia-Obstetrícia e Cirurgia Geral) para o recém-graduado. Portanto não adianta ir buscar profissionais em outros estados da federação, pois estes experimentariam igual situação de escassez. Devo reconhecer, contudo, que este blogueiro já escutava tal história quando de sua pós-graduação em Clínica Médica há 18 anos atrás, o que, por certo, não invalida que o processo em Pediatria tenha hoje chegado ao seu ponto máximo de agudização.
Uma certeza porém não me escapa: aquela de que é necessário enfrentarmos um dos mais pertubadores nós críticos do Sistema Único de Saúde, representado pela absoluta ausência de uma carreira relacionada a esse sistema universal, nos moldes em que estrategicamente foram fortalecidas as carreiras reguladoras de Estado. Sem enfrentarmos esse dragão, sem reconhecer-lhe o alto poder destrutivo que possui, é desconsiderar uma esfinge que já nos devora. E para isso, estados e municípios podem e têm muito a contribuir com a inicial de um jogo que já passa da hora de jogar.
Mas aqui há uma variável importante a considerar: em todo o Brasil há uma crise no quantitativo especializado de pediatras, que alguns justificam como derivado da pouca atratividade das especialidades básicas (Clínica Médica, Pediatria, Ginecologia-Obstetrícia e Cirurgia Geral) para o recém-graduado. Portanto não adianta ir buscar profissionais em outros estados da federação, pois estes experimentariam igual situação de escassez. Devo reconhecer, contudo, que este blogueiro já escutava tal história quando de sua pós-graduação em Clínica Médica há 18 anos atrás, o que, por certo, não invalida que o processo em Pediatria tenha hoje chegado ao seu ponto máximo de agudização.
Uma certeza porém não me escapa: aquela de que é necessário enfrentarmos um dos mais pertubadores nós críticos do Sistema Único de Saúde, representado pela absoluta ausência de uma carreira relacionada a esse sistema universal, nos moldes em que estrategicamente foram fortalecidas as carreiras reguladoras de Estado. Sem enfrentarmos esse dragão, sem reconhecer-lhe o alto poder destrutivo que possui, é desconsiderar uma esfinge que já nos devora. E para isso, estados e municípios podem e têm muito a contribuir com a inicial de um jogo que já passa da hora de jogar.
Um comentário:
Itajaí, como médico e com a visão macro que você tem desse grave problema, o que seria possível fazer? Trata-se de uma questão delicadíssima, uma vez que o Estado não pode interferir na decisão pessoal dos jovens vestibulandos ou dos médicos recém-formados, quando da escolha de sua especialidade.
Sei que na educação ocorre problema semelhante, com os professores de Física e outras disciplinas.
O que acontecerá com nossas pobres crianças, que já nascem prematuras e doentes, por falta de pré-natal adequado, pela fome e doença da mãe, e têm tão poucas chances na vida, até mesmo de sobreviver?
Precisamos lançar luzes sobre esse debate.
Postar um comentário