Se 1968 foi, nas palavras de Zuenir Ventura, o ano que não terminou, 2010 pode ser considerado o ano que não começou.
Afinal, no Brasil, o ano só começa depois do Carnaval. Ocorre que, em 2010, houve o Big Brother Brasil de maior Ibope da história (calma, fellows, não precisa xingar o Dourado, nem o programa, nem seus telespectadores; o mote não é esse). Assim, o ano somente começará amanhã. Aliás, amanhã, não; segunda-feira, depois do(s) feriado(s), pois ninguém é de ferro.
Seria assim. Mas este é um ano de Copa do Mundo. Faltam pouco mais de 70 dias para um mês de disputas, mesas-redondas, reprises infindáveis, Dunga consagrado ou execrado... e depois vêm as eleições.
Este ano, apesar de não começar, promete ser de revelações tenebrosas. Algumas nada novas, outras pouco sabidas, todas embaçadoras do que realmente deveria importar: quem de fato tornará nossa vida - minha, do leitor, dos companheiros de blog, dos brasileiros - melhor.
E seguirá o ano, sem começar, até o 1o turno. Depois, provavelmente, virá o 2o: mais um mês em que tudo se resolverá depois de alguma coisa... E então será Natal.
Tarde demais: 2010 terá passado e você não notará.
4 comentários:
Tenebrosa tua visão. Me vi naquele filme, "Clik".
Francisco, 2010, apesar do terrível primeiro turno, ainda poderá ser o ano do Leão...
Abs.
O Leão da Receita Federal, pois não?
O Leão da RF ganha todo ano, das 13:01hs. Quem dera o Leão Azul fosse assim, implacável...
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