À propósito dos quatros anos do Flanar, vem da amiga/irmã Angela Lourinho via Facebook esta citação de Baudelaire sobre o flâneur. Muito agradecido!
"Para o perfeito flâneur [..] é um imenso regozijo eleger domicílio no número, no ondulante [..] Estar fora de casa e, no entanto, sentir-se em casa em qualquer lugar; ver o mundo, estar no centro do mundo, e ficar escondido do mundo [..] O observador é um príncipe que, em toda parte, usufrui do seu incógnito [..] O apaixonado pela vida universal entra na multidão como num imenso reservatório de eletricidade. Pode ser comparado também a um espelho [..], a um caleidoscópio dotado de consciência que, a cada movimento, representa a vida múltipla e a graça movente de todos os elementos da vida" Charles Baudelaire, Le Peintre de la vie moderne, cit.: A metrópole: Palco do flâneur, A fisionomia da metrópole moderna, Willi Bolle.
5 comentários:
Quer dizer então que, segundo o magistral poeta francês, somos muito chiques heim?!
Ah! E meio voyer´s, pois não?
O texto é incrível e aceita várias interpretações.
Gostei por demais.
Pois é, tb adorei as comparações: Um espelho, um caleidoscopio refletindo a vida multipla e a graça movente. Realmente demais.
BTW, o Walter Benjamin tem um texto fantastico, "Paris: Capital of the Nineteenth Century" no qual ele tb discute o flâneur de Baudelaire...
Se o texto não fosse tão longo, adoraria postá-lo aqui.
Raul e Val, o texto me remontou instantaneamente ao personagem Corto Maltese, do italiano Hugo Pratt.
É provável que em cada um de nós exista, chique ou não, um fragmento Flâneur.
Como sugestão proponho a todos que mudemos, junto com o lay-out (conforme previsto), o texto de João do Rio por este (ou parte dele) de Baudelaire.
Reunião de diretoria, Charlie?
Abs.
Voto para mudar para o do Baudelaire, ou pelo menos alternar entre o Baudelaire e o João do Rio, só pra deixar as coisas variando...
Dá pra fazer a alternância com o flash.
Ficaria legal.
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