Nos início dos anos 80, um filme brasileiro que fez algum sucesso no circuito comercial, foi o Homem Que Virou Suco, dirigido por João Batista de Andrade. Praticamente, o filme lançou o extraordinário ator José Dumont no cenário nacional. Com ele, contracenava a atriz paraense Célia Maracajá, de quem, sinceramente, gostaria de ter mais notícias. Era uma boa e adorável amiga na época. É tão antigo que talvez só seja encontrado nos arquivos de Museus de Imagem e do Som.
Mas vem dele uma expressão que costumo utilizar na atualidade, para projetos que, a despeito de no princípio mostrarem-se aparentemente promissores, subitamente, acabam por algum motivo. Tipo morte súbita. Diz-se então, que "viraram suco". Talvez seja um uso indevido, levando em conta o roteiro original do filme, talvez infinitamente melhor que a banalização de seu título. Mas é uma expressão solidamente marcada em minha memória.
Por alguma razão, muitas coisas continuam "virando suco". Assim, sem aviso. E às vezes, com muitos avisos e sinalizações. Mas a gente sempre reluta em perceber.
Tive na época, uma namoradinha que infelizmente seguiu exatamente este perfil. Após uma troca tórrida e entusiática de cartas de amor, finalmemte ao encontrá-la em carne e osso, não rolou! Não deu a "pegada".
Em minha atual atitude, tenho visto algumas coisas acontecendo neste perfil. Mas hoje, por alguma razão, as coisas parecem acontecer de forma plenamente tolerável, talvez sem o mesmo grau de sofrimento que causavam há 20 anos atrás.
Fazer o quê? "Virou suco"! Muitas coisas "viram suco", nas relações atuais. Mais do que poderia imaginar nossa vã filosofia de boteco. E "voilá" que "o tempo não pára", como dizia Cazuza.
Para consultar um arquivo detalhado do filme, clique aqui.
2 comentários:
Célia Maracajá continua atuante no cinema e reside em Belém. Divide suas atividades ora como atriz, ora como técnica, dedicando-se a realização de curtas. O último, creio, foi o curta "A Descoberta da Amazônia pelos Turcos Encantados", dirigido pelo paraense honorário Luiz Arnaldo Campos, que é marido da atriz.
Quanto ao filme "O Homem Que Virou Suco", ele não anda assim tão esquecido. Mereceu projeção na tv paga, no Canal Brasil e está disponível em DVD.
Bom saber notícias da Célia Maracajá, Itajaí. De fato nunca mais tive qualquer notícia dela por aqui.
Abs
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