Em Belém, todo dia há alguém marchando por algo. Estudantes, trabalhadores em greve, moradores de comunidades, todo mundo usa o mesmo tipo de reivindicação: postar-se na rua, trancar a passagem dos outros, impedir o direito de ir-e-vir. Em alguns casos, exige-se a presença de autoridades. Geralmente, ninguém aparece; um ou outro deputado, vereador ou assessor com veleidades eleitorais surge, volta e meia, na intenção de encaminhar as reclamações e, com isso, ganhar alguns votinhos. O resultado da passeata, na maior parte das vezes, nunca vem.
Duas conclusões exsurgem daí, como gostam de dizer os juristas.
A primeira é que reivindicações de tal feitio não têm adiantado grandes coisas, senão para aborrecer quem está passando pela rua e se sente prejudicado pela manifestação. Os pleitos ficam sendo somente de quem reclama, pois não haverá apoio da população àquilo que lhe causa embaraço.
A segunda, que sugere um paradoxo, é de que realmente há muita coisa errada na nossa cidade e que as pessoas se sentem desamparadas, sem ter a quem recorrer. Daí porque vão para a rua, sentam-se nela e não deixam ninguém passar. Se vivêssemos em um lugar onde não houvesse tanta desesperança, não haveria o que tanto reivindicar, nem porque fazê-lo desta maneira.
Um comentário:
E isso tudo por que temos um governo...
-"da mudança" : mudou, o que era ruim ficou péssimo;
-" que se preocupa com as pessoas", mas sabe Deus quando isso realmente irá acontecer.
Mas, sabem, é tudo intriga e perseguição política para com a "primeira mulher" a governar o Pará.
O governo que está acabando sem ter começado.
E sabe lá como se sentem as mulheres paraenses com essa "atuação" lamentável.
Segue o enterro.
Postar um comentário