quinta-feira, 27 de maio de 2010

Exposição Langsdorff no Brasil

















Índios Apiacás na Aldeia do Rio Arinos - Hercules Florence

Expedição Langsdorff

O Barão Langsdorff chefiou uma das mais importantes expedições científicas a Amazônia no século XIX (1821), comissionado pelo governo russo e brasileiro para percorrer o território brasileiro desde o Rio de Janeiro até onde hoje estão localizadas as fronteiras dos estados de Rondônia, do Amazonas e do Pará. Nessa epopéia coletou informações preciosas sobre a fauna, a flora, a geografia e o homem brasileiro.
Foi uma aventura com tragédias, como o afogamento fatídico de Taunay e a própria loucura irrecuperável do barão ao final da viagem, possivelmente provocada por malária. A produção da expedição apesar de ter sido encaminhada a Rússia, ficou desaparecida por mais de cem anos, quando foi encontrada por um acaso em 1930 nos porões do Museu do Jardim Botânico de São Petersburgo.
Pois uma parte do acervo dessa expedição está em exposição até 18 de julho no Centro Cultural Banco do Brasil em Brasília, onde é destaque a coleção de mapas da expedição, inéditos no país, pois são propriedade do governo russo. É emocionante observar as aquarelas e desenhos de artistas geniais como Rugendas, Taunay e Hercule Florence, todos integrantes em algum momento das explorações científicas levadas a cabo por Langsdorff. São todas belíssimas. A exposição completa-se com a projeção de um documentário com a tataraneta brasileira de Florence, que igual ao avô é artista plástica.

4 comentários:

Scylla Lage Neto disse...

Itajaí, imperdível!
Esta foi seguramente uma das expedições mais importantes (se não a principal) do século XIX.
E o final trágico do barão deu um toque quase que literário a este épico do naturalismo.
Eu gostaria muito de ir, mas provavelmente não poderei.
Um abraço.

Carlos Barretto  disse...

Interessante, que minha avó paterna (que não conheci), era uma índia apiacá. E viveu com meu avô paterno (que igualmente não conheci), numa localidade chamada Barra de São Manuel, na fronteira sul do Amazonas com o Pará. Ele foi dono de uma empresa de navegação que durante alguns anos, deu o sustento de seus 7 filhos, transportando pelas de borracha.
Abs

Mira Jatene disse...

Destaque para Hercules Florence , enquanto Daguerre anunciava a invenção da fotografia em 1839, na França, aqui no Brasil ele , fazia experimentos paralelos muito bem sucedidos com descoberta da Fotografia , grande artista !

Itajaí disse...

É verdade, Mira. Hércule Florence foi um pioneiro da fotografia. Seria considerado o inventor acaso tivesse dado publicidade ao seu feito. Repetiu-lhe a sorte o Padre Landell no Rio Grande do Sul, que criou um aparelho que transmitia a voz humana sem o intermédio de fios três anos antes de Marconi patentear o rádio. Landell só obteve a patente no Brasil sete anos depois!!!
Mas nada se compara aos norte-americanos moverem sua poderosa máquina de propaganda para tirar de Alberto Santos Dumont a primazia de fazer voar um equipamento mais pesado que o ar, por meio de um motor. Insistem em convencer que os irmãos Wright são os inventores, porque catapultaram uma "cangula" apelidada de avião, numa experiência que só eles viram e até hoje ninguém conseguiu fazer a dita cuja planar.
Com isso, como experiência científica, o planador dos Wright é um engodo, porque não satisfaz o critério de reprodutibilidade do experimento em qualquer tempo, em qualquer lugar, por outros pesquisadores.
E se catapultar um objeto é inventar um avião, nesse caso quem o inventou foio Rei David, quando com uma funda sapecou uma pedrada na cabeçorra de um gigante que azucrinava a vida dos judeus na Antiguidade.