terça-feira, 13 de julho de 2010

Encontro no céu



Ontem, faleceu o genial saxofonista-clarinetista brasileiro Paulo Moura, ás que conheci em um velho LP que meu pai tinha chamado Consertão, no qual dividia pautas musicais com Heraldo do Monte, Arthur Moreira Lima e Elomar.

Hoje, completa-se um ano da partida do querido Juca, o Juvêncio de Arruda, tão caro a todos deste blog, que nos deu a honra de fazer parte da equipe do Flanar e que manteve um espaço virtual que até hoje é referência na blogosfera paraense, o mítico Quinta Emenda.

Juca, bonachão e bom de papo do jeito que era, já deve ter conhecido Paulo Moura nas plagas de lá. E Paulo, por sua vez, já deve ter apresentado ao Juca a maravilhosa Maysa, uma das encantadas e encantadoras figuras que Paulo Moura acompanhou em sua brilhante carreira.

Paz à alma dos três. Aos que ficaram, da parte do Juca - Marise, Lucas e demais -, meu abraço fraterno.

4 comentários:

Edyr Augusto disse...

Foram dois homens bons.
Edyr

Francisco Rocha Junior disse...

Verdade, Edyr. Bons e de muito talento.

Itajaí disse...

Paulo Moura foi um músico extraordinário. Escutei sua música ao vivo pela primeira vez no Parque Laje, Rio de Janeiro, em meados da década de 80. Lá também comprovei a maestria do baterista Robertinho Silva, que já havia escutado em discos de Milton Nascimento. Os discos de PM se tornaram clássicos da música instrumental brasileira, incluindo aqueles que fez em parceria com outros músicos de igual grandeza. Imprescindível, por exemplo, aquele que registra o duo com Raphael Rabello (Dois Irmãos), que também tão precocemente partiu. Excelência repetida anos depois no disco em que gravou com outro violonista extraordinário, o jovem Yamandú Costa (El Negro Del Blanco).
É hoje dia trivialmente triste por trazer essas lembranças da certeza da visita indesejada que privou-nos do convívio de tantas pessoas queridas, que a ela evitemos enquanto pudermos, nós.
A lembrança de Juvêncio circula livre, habita serena os dias e ultrapassa esse momento em que lembramos sua inesperada partida deste mundo. Na procissão dos dias de sua ausência, não há fato da política do Pará, não há traquinagem cometida na baixa política para qual involuímos, que eu não lembre dele, que não procure intuir qual seria a opinião ácida, a crítica irônica e elegante com que jogaria luz sobre a cambada. Paz e progresso ao seu espírito.

Yúdice Andrade disse...

Conheci Paulo Moura escutando o então LP "O pescador de pérolas", de Ney Matogrosso, cuja proposta era minimalista, sobretudo para um engravatado e contido Ney. Uma obra valiosa, com músicos de escol.
No mais, somo-me às homenagens ao saudoso Juvêncio, deixando um abraço caloroso a sua família.