Gostaria de saber a opinião do músico paulista Roger Rocha Moreira (para os novinhos: é o louro, segundo na imagem abaixo) sobre o pedido que a Executiva Nacional do PSDB fez, ao Tribunal Superior Eleitoral, para que seja proibida a veiculação da canção "Eu gosto é de mulher" durante todo o período da campanha políti
ca deste ano.

A curiosa decisão foi tomada por conta de três palavras que fazem parte da letra: "mulher pra presidente".
Conhecido por seu QI elevadíssimo, que faz dele um superdotado, Roger compôs a aludida canção há mais de 20 anos. Ela era a faixa de abertura do segundo LP (faz tempo...) da banda, Sexo!! (1987). Obviamente, naquela época, ninguém estava pensando numa mulher candidata à presidência da República, porque não havia, àquela altura, um nome que se apresentasse para tamanha tarefa. Aliás, vale lembrar que, após a redemocratização (acho esse termo uma piada, na experiência brasileira), a primeira eleição livre ocorreu em 1989. Em 1984, Tancredo Neves fora eleito de forma indireta. Portanto, a canção foi pensada muito antes de o brasileiro voltar a votar.
Situando a mensagem da banda em seu momento histórico, a intenção era criticar tudo que parecia arcaico, reacionário e fator de atraso, tal como a submissão da mulher ao homem. Pensar numa mulher governando a nação era a imagem mais audaciosa de um novo mundo, mas não se destinava a ninguém em especial.
Meu amigo, a coisa é simples: se formos buscar mensagens sub-liminares de cunho político-partidário, poderemos encontrá-las nas mais variadas canções, jingles e publicidades de margarina. Vai ficar difícil...
9 comentários:
"Situando a mensagem da banda em seu momento histórico, a intenção era criticar tudo que parecia arcaico, reacionário e fator de atraso, tal como a submissão da mulher ao homem."
Tá vendo, Yúdice?! Para alguns o aludido momento histórico da composição da música não passou. Daí porque, além do incômodo que a candidata lhes provoca, pedem por via judicial que proibam a veiculação da música. Danem-se os direitos autorais do artista! Essa gente até nisso revela a cara que tem.
E o techno-brega "ela tá bêba, doida; tá bêba! tá doida!", entrará na campanha paraense?
Abs.
E o mais engraçado nisso tudo é que o Roger DETESTA o PT, já li ele metendo o pau no Lula e no PT diversas vezes, tsc tsc tsc.
Abraços.
Yúdice e Itajaí, será que o tecnobrega "ela tá bêba, doida; tá bêba! tá doida!" vai ser proibido na eleição paraense?
Caros,
Vamos botar os pingos nos is: não houve essa tal impugnação. Alguns jornais cometeram esta barriga baseados em uma piada de um jornal satírico carioca. Daí, a notícia foi difundida como sendo verdadeira, o que obviamente interessa muito mais à candidata da situação que ao da oposição, pelo ridículo que seria tal proposta.
Abs.
Sou de opinião, Itajaí, que esse tipo de atitude traz mais prejuízos do que benefícios a uma campanha. Primeiro porque mostra como os caras se ocupam com bobagem. Segundo, porque se abrem a críticas sobre autoritarismo.
Sou leigo no assunto mas, se dependesse de mim, não me ocuparia disso. Talvez até fizesse piada, mostrando como estou seguro em relação ao meu candidato.
Se a tal josta for banida da campanha, Scylla, será porque ela mais prejudica do que ajuda uma candidata que já tem muito com que se preocupar.
Agradeço, Francisco, por repores a verdade. Acabamos discutindo um factoide. Mas, enfim, como não produzimos a notícia, apenas a comentamos, ficamos especialmente sujeitos a isso.
Scylla, rsrsrsrs, eu não sei do que falas, srsrsrs, mas imagina a merda que deve ser esse tecnobrega. Cruzes!
Francisco, mais do que nunca nesses tempos vale aquela célebre advertência: bobeô, dançô!
Itajaí, se você desejar posso descolar a "música" em mp3.
Mas pensando bem, esqueça.
Abs.
Itajaí, agradece a Deus por não saberes o que é a "beba doida". (Scylla, por favor, não faças isso com o nosso amigo!!!) Por aqui, não temos a mesma sorte.
Quanto ao "bobeô, dançô", não deixa de ser sintomático que o público sempre acredite nesses factoides. É que nossos políticos e seus marqueteiros já deram tantas mostras de cretinice e autoritarismo que, diante de um boato, somos naturalmente levados a acreditar.
Telma, esse detalhe tornaria a medida, caso fosse real, ainda mais tola. Outro abraço.
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