segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Política e fanatismo

Chegam as eleições e, como de praxe, o nível na blogosfera e em outros quadrantes da rede mundial de computadores baixa.

Sempre há quem ache tendenciosidade onde não há, ou propaganda subliminar que não existe.

Há também quem não admita expressão livre em contrário, desatando xingamentos contra quem emite opinião divergente e declara voto.

Para alguns, tudo isso é censura. Para outros, as discussões são válidas. Na maioria, todas as manifestações vêm ditas com tamanha força na expressão que rompem a barreira necessária da educação e do cavalheirismo (e não, gentileza não é coisa de burguês).

Boa parte dos pelejantes defende seu salário. Outros, em cada vez menor número, suas convicções.

Nunca li melhor explicação para a modificação que a personalidade das pessoas sofre em períodos eleitorais do que esta. Ao que parece, a coisa se opera no nível mais primário do ser humano.

2 comentários:

saul carneiro disse...

Caro Francisco, sempre desconfiei disso mas parece que faltava a comprovação científica de tal.
É impossível crer que as pessoas pró-Dilma e pró-Serra esqueçam tantas trapalhadas e situações vividas por ambos que desafiaram a inteligência dos seus respectivos eleitores mas que nunca foram levadas realmente a sério ou simplesmente eram desconsideradas.
Agora está esclarecido: ou suas memórias são apagadas ou suas sinapses bloqueadas para as informações que dizem respeito ao seu favorito.

No mais reforço ainda mais minha tese de que todos são os mesmos gatos em um mesmo balaio e que não há distinção entre eles, ou todos são alhos ou são os bugalhos.

Francisco Rocha Junior disse...

Caro Saul,

A pesquisa fala de militantes - aqueles que, por idealismo, abraçam a causa. O comportamento é repetido pelos que querem "se dar bem" - por dinheiro, poder ou ambos - e que, obviamente, sabem muito bem o que estão fazendo.

Evidentemente, o comportamento estabelecido é padrão, mas há várias e honrosas exceções, que possuem senso crítico (e o utilizam).

Outro aspecto é o da propaganda. Alguém acredita no candidato ou em sua pataforma e, por isso, quer convencer o outro. Faz parte do jogo.

O que me exaspera, e esta é a razão da postagem, é justamente o esquecimento das informações negativas de seus candidatos. Nisso, você foi ao ponto. Não há debate cidadão possível sob esta amnésia, ou cegueira, militante.

Obrigado pela presença e comentário.