sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Gustav Mahler: Sinfonia No.4, em Sol Maior





Depois de uma breve apresentação (aqui) sobre o gênio que considerava-se "apátrida" (e quem de nós já não se sentiu assim, num dado momento da vida?). Finalmente consegui a íntegra da 4ª Sinfonia, em Sol Maior, de Gustav Malher – que procurava há alguns anos.

Optei por esta interpretação pelos motivos a seguir.

Breve ficha técnica

Tonalidade principal: Sol maior

Composição: 1899-1901

Revisão: 1910

Estréia: Munique, 25 de Novembro de 1901 (Margarete Michalek, soprano e regência de Mahler)

1a. Publicação: 1902 (Viena, Waldheim-Eberle)

Instrumentação:

4 flautas (2 alternando com piccolos)

3 oboés (um alternando com corne-inglês)

3 clarinetes (um alternando com clarone)

3 fagotes (um alternando com contrafagote)

4 trompas

3 trompetes

Tímpano

Sinos

Pratos

Glockenspiel

Triângulo

Tam-Tam

Bombo

Harpa

Quinteto de cordas (violinos I, II, Violas, cellos e baixos)

Soprano solo

Duração: aprox. 60 minutos

Movimentos:

I- Bedächtig. Nicht eilen

II- In gemächlicher Bewegung. Ohne Hast

III- Ruhevoll (poco adagio)

IV- Sehr Behaglich

Texto:”Das himmlische Leben” (vida celeste), da ‘Trompa mágica do menino’

Comentários: Muito diferente das anteriores, apesar de manter íntima relação com as canções do Das Knaben Wunderhorn, a Quarta é uma sinfonia de rara transparência e beleza. Mahler, que recentemente havia travado contato mais profundo com a obra de J.S. Bach, procurou nela fugir dos grandes efeitos de massa e encontrar na simplicidade da combinação timbrística e contrapontística o ponto de equilíbrio desta obra. Assim, prescindiu dos metais pesados (trombones e tubas) e trabalhou com uma orquestração extraordinariamente econômica para seus padrões. Seu final estava originalmente programado para encerrar a Terceira, mas Mahler, muito sabiamente, escreveu para aquela um outro. Mais aqui.

A quarta sinfonia de Mahler foi composta entre 1893 e 1896, mas estreou somente em 1901. Curiosamente, a obra começou a ser escrita pelo quarto movimento, originalmente concebido como passagens na terceira sinfonia. Mahler, entretanto optou por escrever uma nova sinfonia tomando por base essa composição, acrescentando-lhe as três partes iniciais.

Sinfonia 4, Primeiro Movimento, Mahler

O primeiro movimento é absolutamente clássico na forma, com suas três seções principais (exposição, desenvolvimento e recapitulação) claramente delimitadas. Até mesmo a escolha das tonalidades em que são expostos os dois temas principais (tônica e dominante, respectivamente) é rigorosamente formal, tal como numa sinfonia de Haydn. Chama a atenção, entretanto, a figura inicial dos guizos (instrumentos tradicionalmente atrelados a cavalos), que parece convidar o ouvinte para uma longa viagem. De fato, esses mesmos guizos aparecerão novamente no quarto movimento, onde se conhecerá o destino da viagem. Uma breve prévia de temas da Sinfonia 5 em Do sustenido menor se desenha, apresentando sugestões que serão melhor trabalhadas nessa sinfonia alguns anos depois. A pintura que executei inspirada nesse movimento foi um anjo sentado sobre um globo, onde ele observa algo no céu acima dele. A exploração de algo que ainda não sabemos, de uma viagem pelo desconhecido. A trombeta em seu colo repousa, marcando que algo certamente será anunciado.

Sinfonia 4, Segundo Movimento, Mahler

Também o segundo movimento tem forma clássica – um scherzo com dois trios. A inspiração aqui é uma pintura de Arnold Böcklin, intitulada “Freund Hein spielt auf” (O amigo Hein toca). O tal amigo Hein, esclareça-se, é uma representação alegórica da morte, que traz um inocente violino no lugar da foice. Com fina ironia, Mahler aqui escreve um solo de violino em scordatura (quando as cordas do violino são afinadas de maneira especial) que soa propositadamente estridente. Nos dois trios, o tom sarcástico do scherzo cede lugar ao ländler – danças folclóricas alemãs que lembram o antigo minueto. A pintura que executei é clara: a morte e seu violino, ao invés da foice. Sua forma lânguida, seus cabelos brancos e pele claríssima a tornam uma figura incomum, mas previamente reconhecível. Diferente do conceito de morte que nos é passado no decorrer da vida. Devo ressaltar, que Mahler não somente enchergava a morte de forma pesarosa e de perda, mas também a via de forma gloriosa, à qual deveremos chegar triunfantes e merecedores de sua graça. Quem desse violino a melodia ouvir, flanará com o que se decorre após.

Sinfonia 4, Terceiro Movimento, Mahler

O terceiro movimento, lento e melancólico, tem a placidez de uma lápide. O tema principal, inicialmente apresentado pelos violoncelos, passa por diversas variações em que o ritmo vai se intensificando. Este tema é às vezes intercalado por outro em que se cria no ouvinte uma expectativa frustrada: quando se espera o clímax, sobrevém na verdade o colapso de toda música. Esta atitude é muito comum na obra de Mahler. Pouco antes do final deste movimento, entretanto, aparece um exuberante clímax verdadeiramente mahleriano, na tonalidade de mi maior, justamente aquela em que se encerrará a sinfonia. A pintura aqui nos passa algo de total perda e tristeza. Como uma lápide, a imagem esguia apenas lamenta, sem lágrimas. Parafraseando uma passagem famosa de Drummond, “A vontade de chorar é tanta, que perplexa ela se cala.”

Sinfonia 4, Quarto Movimento, Mahler

Das Himmlisches Leben

O quarto movimento é o ponto focal da sinfonia. Aqui aparece a soprano solista, cantando “Das himmlische Leben” (A Vida no Paraíso) – poema popular alemão, de autoria desconhecida, parte do ciclo “Des Knaben Wunderhorn” (O Garoto e sua Trompa Mágica), utilizado por Mahler em várias composições. “Das himmlisches Leben” é o canto de uma criança que morreu e nos descreve o paraíso, com suas comidas deliciosas e abundantes, seus personagens e afazeres, sua música perfeita. As estrofes são intercaladas por breves interlúdios orquestrais, onde se sobressai o guizo do primeiro movimento. Nas duas primeiras estrofes a música vai se esvanecendo, terminando em total placidez nas notas mais graves da harpa e do contrabaixo. Na pintura desse anjo que executei, passo o ritmo da melodia serena deste quarto movimento da sinfonia. Como se quem canta é ele, ou quem nos traz a melodia no ar é ele. A mão segura algo. O que?! Uma áurea de mistério. O que nos anuncia? A letra da música nos dira, mas muito suscintamente. Uma prévia do que Mahler acredita encontraremos.

Excertos de texto do Maestro Flavio Florence, titular da Orquestra Sinfônica de Santo André de 1988 até 2008, quando faleceu. Discussão e montagem por Felipe de Moraes.

As sinfonias de Mahler costumam ser divididas em três períodos. E cada período faz com que as obras se relacionem entre si, tornando a produção artística de Mahler um universo único e constante que merece ser compreendido em sua totalidade.

As sinfonias do Primeiro Período são conhecidas como Sinfonias Wunderhorn, e abrangem as sinfonias 2, 3 e 4. Elas têm esse nome porque têm vínculos com as canções feitas por Mahler do ciclo de poemas conhecido como Das Knaben Wunderhorn, já mencionados acima. Pode-se dizer que elas representam a busca de Mahler por uma fé firme e ao mesmo tempo uma busca para suas respostas acerca da existência.

A Sinfonia 1 usa elementos das canções do ciclo de poemas Lieder Eines Fahrenden Gesellen (Canções de um Viajante Errante) e Das Klagend Lied (A Canção do Lamento). É puramente instrumental e também tem certa relação com Das Knabem Wunderhorn, ainda que de maneira mais indireta.

As sinfonias do Segundo Período, a 5, a 6 e a 7, costumam ser chamadas de Sinfonias Rückert. Elas têm esse nome porque a composição delas foi influenciada pelas canções que Mahler compôs sobre os poemas de Friedrich Rückert (1788-1866). Elas são puramente instrumentais e as mais trágicas do ciclo sinfônico.

O Último Período não tem nome e abrange as últimas obras do artista: as sinfonias 8, 9 e a inacabada 10, além da sinfonia canção Das Lied von Der Erde (A Canção da Terra). A voz humana é usada em grande arte da Sinfonia 8, e ela costuma ser chamada às vezes de Sinfonia Coral.

As sinfonias 9 e 10 são instrumentais, e o poema sinfônico Das Lied von Der Erde é cantado, ao redor do qual existe um certo mistério. A princípio era para ser a Sinfonia 9, mas por superstição, Mahler preferiu que fosse conhecida como um poema sinfônico.

A interpretação que ouviremos é executada por Daniel Harding ao comando da Orquestra de Câmara Mahler, tendo como soprano solista Dorothea Röschmann, no quarto movimento. Gravação realizada nos dias 27 e 28 de janeiro de 2004, no Auditório G. Agnelli, no Centro Congressi Lingotto, em Turim, Itália.

Gosto muito dessa interpretação, ela explora profundamente a dinâmica, indo do extremo pianíssimo ao extremo fortíssimo. O colorido orquestral dos instrumentos é muito bem calculado e equilibrado. Uma referência para a interpretação dessa obra. Dorothea Röschmann não menos esbanja elegância, charme e intensidade interpretativa.

Gustav Mahler (1860-1911)

Sinfonia n.º 4 em Sol maior

I – Bedächtig. Nicht eilen – Recht gemächlich

II – In gemächlicher Bewegung. Ohne Hast

III – Ruhevoll

IV – Sehr behaglich

Das himmlisches Leben

Wir genießen die himmlischen Freuden,

d’rum tun wir das Irdische meiden.

Kein weltlich Getümmel

hört man nicht in Himmel!

Lebt alles in sanftester Ruh!

Wir führen ein englisches Leben!

Sind dennoch ganz lustig daneben!

Wir tanze und springen,

wir hümpfen und singen!

Sankt Peter im Himmel sieht zu!

Johannes das Lämmlein auslasset,

der Metzger Herodes drauf passet!

Wir führen ein geduldig’s,

unschuldig’s, geduldig’s,

ein lieblisches Lämmlein zu Tod!

Sankt Lukas den Ochsen tät schlachten

ohn’ einig’s Bedenken und Achten;

der Wein kost’kein Heller

im himmlischen Keller;

die Englein, die backen das Brot.

Gut’ Kräuter von allerhand Arten,

die wachen im himmlischen Garten!

Gut’ Spargel, Fisolen

und was wir nur wollen!

Ganze Schüsseln voll sin duns bereit!

Gut’ Äpfel, gut’ Birn’ und gut’ Trauben,

die Gärtner, die alles erlauben!

Willst Rehbock, willst Hasen?

Auf offener Straßen

sie laufen herbei!

Sollt ein Fasttag etwa kommen,

alle Fische gleich mit Freude angeschwommen !

Dort läuft schon Sankt Peter

mit Netz und mit Köder

zum himmlischen Weiher hinein.

Sankt Martha die Köchin muss sein!

Kein Musik ist ja nicht ayf Erden,

die unsrer verglichen kann warden.

Elftausend Jungfrauen

zu tanze sich trauen!

Sankt Ursula selbst dazu lacht!

Cäcelia mit ihren Verwandten

sind treffliche Hofmusikanten!

Die englischen Stimmen

ermuntern die Sinnen,

dass alles für Freuden erwacht.

A Vida no Paraíso (Tradução do alemão )

Nos divertimos com os deleites do Paraíso,

então evitamos todas as coisas terrestres.

Nenhum clamor mundano

é ouvido no Paraíso

Tudo vive na mais gentil paz!

Levamos uma vida angelical!

Mas somos completamente alegres!

Dançamos e saltamos,

saltitamos e cantamos!

São Pedro no Paraíso observa!

João deixa o pequeno cordeiro livre,

o açougueiro Herodes o vigia!

Conduzimos docilmente,

inocente, docilmente,

doce pequeno cordeiro à sua morte!

São Lucas o boi abate

sem sequer um pensamento ou cuidado;

o vinho custa nem um centavo

na adega do Paraíso;

os anjos, eles que assam o pão.

Finas ervas de variados tipos,

crescem no Jardim do Paraíso!

Requintados aspargos, feijões

e qualquer coisa que queiramos!

Pratos inteiros são para nós preparados!

Boas maçãs, boas peras e boas uvas,

os jardineiros, nos permitem tê-las todas!

Quer carne de veado ou de lebre?

Nas largas alamedas

eles correm livres!

Se o dia de jejum se aproxima,

todos os peixes vêm alegremente nadando!

Correndo vem São Pedro

com sua rede e suas iscas

dentro da lagoa divina.

Santa Marta deve ser a cozinheira!

Não há música na Terra

que possa ser comparada com a nossa.

Onze mil virgens

se lançam à dança!

Santa Úrsula, entretanto, ri!

Cecília e seus parentes

são excelentes músicos de corte!

As angelicais vozes

deleitam os sentidos,

para que todos acordem para a alegria.

Retirado daqui.

A Quarta Sinfonia em sol maior de 1899-1900 pode ser considerada um epílogo para as três primeiras sinfonias. É a sinfonia mais intimista e em menor escala de Mahler, com orquestra reduzida e virtualmente nenhum efeito grandioso. Não se pode falar de simplismo ingênuo em ligação com uma composição tão sutil e disciplinada, mas a atmosfera é certamente infantil, de modo sumamente apropriado. Não admira que seja a mais popular e acessível sinfonia de Mahler, e é a primeira em que ele se conservou fiel aos quatro movimentos do modelo clássico.

Pensou em subintitulá-la Humoresque – uma pista (se alguma fosse necessária) para suas ligações com as canções Wunderhorn e, em especial, com Wir geniessen die himmlischen Freuden, composta em março de 1892. Um dos primeiros planos para a sinfonia mostra que sua concepção precedeu a Segunda e a Terceira – mais uma prova de que as sinfonias de Mahler são uma cadeia contínua e interligada ou, para usar um paralelo literário, uma vasta novela autobiográfica, da qual cada sinfonia é um capítulo. A teoria de Paul Bekker, depreciada por Neville Cardus, de que toda a sinfonia foi germinada por essa canção, parece-me convincente.

Cada movimento está tematicamente inteligado à maneira usual e alusivamente sutil de Mahler. Em todo caso, eis as próprias palavras de Mahler a Natalie Bauer-Lechner em 1901 : “Eu queria realmente escrever uma humoresque sinfônica que acabou se convertendo numa sinfonia completa, enquanto que antes, quando queria que se tornasse uma sinfonia, ganhou o tamanho de três (dois pontos) as minhas Segunda e Terceira”.

O primeiro movimento é melodicamente profuso, sua tessitura e estrutura constituindo um avanço sobre tudo o que Mahler compusera até então. Nunca um contraponto foi mais inventivo. A lucidez e o frescor do material recordam, com freqüência, mais Haydn do que Schubert. O estado de espírito de Mahler é aqui dominado pela descontração, o mundo dos conflitos e agressões é ignorado, quando não esquecido. É inesquecível a sua vibrante abertura – ele qualificou-a de “melodia divinamente alegre e profundamente melancólica” (…).

Dessa obra tão conhecida e amada dificilmente será necessário fazer mais do que lembrar suas belezas: a delicada coda do primeiro movimento, por exemplo – sancta simplicitas, se alguém jamais a ouviu; e o levemente fantasmagórico scherzo, associado de forma tão maravilhosa por Cardus às sombras projetadas pela luz de vela na parede de um quarto de criança. Nessa fantasia-Ländler, Mahler faz muito uso de um violino solo, com uma scordatura que permite tocar um tom inteiro mais alto do que o resto e faz o instrumento soar como “ein Fiedel”, o precursor medieval do violino e a origem da palavra inglesa fiddle. Num dos primeiros esboços, Mahler escreveu dessa passagem : “Freund Hain spielt auf”. O amigo Hain que toca era um violino espectral que guiava o caminho para a eternidade ou a perdição. Os demônios de Mahler estão de folga nessa sinfonia e o amigo Hain é mais pitoresco do que macabro. Entretanto, cumpre recordar a descrição que Mahler fez da composição dessa sinfonia:

Por causa da lógica irresistível de uma peça que tive de alterar, todo o trabalho subseqüente tornou-se confuso para mim e, para minha estupefação, eu tinha penetrado num domínio totalmente diferente, tal como num sonho nos imaginamos vagueando pelos jardins do Eliseu, entre flores de suaves aromas, e subitamente o sonho converte-se num pesadelo em que nos vemos lançados num Hades cheio de terrores. As pistas e emanações desses mundos, para mim horrendos e misteriosos, são freqüentemente encontradas em minhas composições. Desta vez, é uma floresta com todos os seus mistérios e horrores que força minha mão e se entretece em minha obra. Está ficando cada vez mais claro para mim que um indivíduo não compõe, mas esta sendo composto.

Daí o calafrio que, com freqüência, se apodera dessa obra luminosa, mesmo no adágio.

O final do scherzo, após uma sutil alusão ao tema do finale, tem um toque de severidade que se dissipa no adágio, o mais sereno movimento de Mahler, embora seu fluir tranqüilo seja interrompido, primeiro por dança e, depois, por uma “desintegração” apaixonada, tão poderosa quanto qualquer outra passagem da Quinta e da Sexta Sinfonias e, obviamente, o “Hades cheio de horrores” acima mencionado. Numa soberba passagem perto do final, a música explode sobre o ouvinte como um religioso afresco do Paraíso. Mahler usou a forma variação nesse movimento e pode assim, com extraordinária habilidade, manter lado a lado e interligadas as atmosferas de contentamento infantil do céu, um “céu azul sem nuvens” com Marta cozendo o pão e vozes angélicas entoando hinos a Santa Cecília.

A Sinfonia em sol maior foi publicada em 1902, mas Mahler reviu-a diversas vezes. É difícil acreditar que uma obra tão encantadora pudesse ter tido um acolhimento inicial tão frio – até mesmo a Alma ela desagradou – e que Mahler a descrevesse como uma “enteada perseguida”.

Sua revisão final, para suas duas récitas de Nova York, foi feita em 11 de outubro de 1910, mas Erwin Stein, na década de 1920, descobriu uma coleção de provas com revisões ainda mais extensas visando, como de costume, uma clareza cada vez maior. Incluíam mudanças de dinâmica e de sinais de expressão, e alterações tais na partitura como o reforço da melodia do oboé em quatro compassos no movimento lento pelo trompete com surdina, corne inglês e trompa, e uma redução do acompanhamento no finale. Também foram mudadas varias direções de ritmo. É como se Mahler, toda vez que regia suas próprias obras, voltasse a compô-las.

(KENNEDY, Michael. Mahler. Tradução Álvaro Cabral. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1988 P. 109-112).

É isso aí. Espero que sintam o profundo prazer que eu mesmo tive, ao apreciar, peça de tamanha envergadura.

Gustav Mahler ( 1860-1911 ) - Sinfonia Nº 4 - Kubelik - Bavarian Symphonic Orchestra

1 - Bedächtig. Nicht eilen

2 - In gemächlicher Bewegung. Ohne Hast

3 - Ruhevoll (poco adagio)

4 - Sehr Behaglich

2 comentários:

Scylla Lage Neto disse...

Wunderbar!
Bravissimo!!!

Val-André Mutran  disse...

O post ficou à moda de um ensaio sobre o cara.
Adoro esse apátrida.
Hi Mahler!