quarta-feira, 18 de maio de 2011

Solis


Imagem: NASA


Como vamos gerar energia para bilhões e bilhões de humanos nas próximas décadas?


Se já tínhamos conhecimento sobre a emissão de dióxido de carbono gerada pelos motores à combustão desde o início do século XX, o fato é que nada fizemos desde então, a não ser alimentar o efeito-estufa.


Há 50 anos lançávamos 13 bilhões de toneladas de CO2 por ano. Hoje lançamos o dobro. E quem realmente se importa?


Eu não consigo entender porque a onda global de preocupação ambiental ainda não gerou um turbilhão de investimentos numa fonte de energia que cai sobre nós diariamente, num fluxo constante, como uma doce chuva: a luz solar.


Ainda lembro um pouco das aulas de física, do efeito fotovoltáico descrito por Einstein, no qual um fóton libera um elétron ao atingir um semi-condutor, gerando eletricidade.


Em menos de uma hora, toda a luz solar que cai sobre o planeta Terra talvez fosse suficiente para satisfazer as necessidades do mundo por um ano inteiro.


O problema parece residir no fato de que ninguém pode ser dono da luz solar, que não pode ser privatizada ou mesmo nacionalizada.


Com a tecnologia adequada, todos poderíamos colhê-la a baixo custo, nos telhados das cidades, nos desertos e mesmo na superfície do mar.


E não é um enorme contra-senso que alguns dos países mais pobres do mundo são ricos em energia solar?


Por que nós vamos deixar para assumir tarde demais que temos que atravessar para o outro lado do espelho, a fim de tentar reinterpretar de verdade a nossa situação energética, dando início a uma nova era, um era solar?


Afinal, a bateria paira sobre as nossas cabeças.


E ainda está bem carregada.




Solar Impulse, avião suiço movido à energia solar
(Imagem: AP)

2 comentários:

Silvina disse...

E as Redes-Celpa da vida? Vão viver do que? Podemos também perguntar porque não temos mais ferrovias (transporte bastante econômico), porque não temos, especialmente na Amazônia, hidrovias em condições e número satisfaciente... E tantas perguntasque esbarram no dito "poder econômico" das grandes empresas que, afinal, bancam os políticos lobistas. L. Ling. Tinha um sonho, você, Scylla, tem um sonho, eu tenho um sonho, mas todo esse povo, cada qual tem seu sonho, também!

Scylla Lage Neto disse...

Silvina, somando as nossas microhistórias com as das pessoas com quem interagimos, teremos um pedaço um pouquinho maior de uma história do naco de planeta que nos foi destinado, no tempo atual.
Assim, juntos, podemos somar e multiplicar os nossos sonhos, anseios, desejos e opiniões, formando uma idéia, um propósito, um rumo.
É o propósito que nos move, que nos impulsiona rumo a erros e acertos.
Temos apenas que surfar na onda certa, no momento certo, com a tripulação certa, para atingirmos o alvo.
E nunca ficarmos alheios, como escreveu Charlie Barretto, comentando o post anterior.
Informação é moeda forte. Opinião, também.
Quanto as grandes empresas, fique tranquila: elas sempre vão encontrar dinheiro, seja lá onde ele estiver e de que maneira for.
Keep on dreaming, on and on!