Após ler e comentar os dois livros mais famosos do americano Cormac McCarthy aqui no Flanar, A Estrada (prêmio Pulitzer de 2007) e Onde os Velhos Não Tem Vez (que deu origem ao filme Onde os Fracos Não Tem Vez, dos irmão Coen, Oscar de melhor filme de 2008), eu já tinha me dado por satisfeito em relação ao autor.
Meses se passaram e do nada, por mero impulso do inconsciente, resolvi me aventurar no que o próprio autor chama de Trilogia da Fronteira (Todos os Belos Cavalos, A Travessia e Cidade das Planícies), romances passados entre os Estados Unidos e o México.
Comecei por A Travessia (lançado no Brasil em 1999, pela Companhia da Letras) e fiquei surpreso com a relação direta e crua com que McCarthy cultua o ideal da natureza (a vida selvagem) em contraponto aos vícios humanos. Uma espécie de mistura de Jack London com Ernest Hemingway, com estilo literário próprio.
Na primeira parte do livro, a descrição do encontro do protagonista com uma loba selvagem é de belíssima precisão poética, e sou obrigado a reputá-lo como um dos textos em prosa mais bonitos que jamais li.
Recomendo o livro como uma espécie de antídoto ao cinismo do nosso dia-a-dia urbano, corrompido pela violência, pela ganância e pelos maus sentimentos.
Literatura marcante, que merece um mergulho, já!
4 comentários:
Scylla, sabes muito bem que estou sendo cruelmente injustiçada, no meu próprio trabalho, por isso, preciso ler esse livro. Me empresta?
Empresto sim, Silvina, assim que recebê-lo de volta.
Emprestei a um grande amigo que é aficcionado por Jack London e todo tipo de literatura que envolve a natureza e o homem.
Aguarde.
And carry on!
Never give up, even when your backs's against the wall.
Scylla, you always give me hope to carry on! Tks, for all! I'll wait for the book's back to you. Hight now I'm at Saraiva bookstore, but they dont have this one. So, i must wait for you.
Carry on, wayward daughter!
E não compre o livro, não! Eu te empresto, soon.
Kss.
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