A insônia, tema abordado na postagem Boa Noite, é o distúrbio do sono mais conhecido. A narcolepsia, outra doença ligada ao sono e à vigília, é uma entidade clínica caracterizada por sonolência excessiva em momentos inapropriados, situação esta não tão rara quanto poderiam supor alguns.
O paciente narcoléptico sofre de ataques de sono, assim como de sonolência contínua e de uma fadiga crônica, nunca aliviada.
A causa é estritamente neurológica e ligada a alterações de neurotransmissores em certas áreas do cérebro que controlam o sono e a vigília. Não há influência psicológica na gênese desta doença, ou seja, a sonolência foge totalmente do controle do indivíduo.
Os sintomas mais comuns são a sonolência excessiva diurna, a cataplexia (perda súbita da força nos músculos), a paralisia do sono (incapacidade de mexer uma parte do corpo logo antes de dormir ou ao acordar) e as alucinações hipnagógicas (alucinações que ocorrem logo antes de dormir ou ao acordar, geralmente visuais ou auditivas, associadas à forte sensação de medo).
Obviamente os portadores de narcolepsia têm dificuldade de dirigir, de trabalhar e franco prejuízo social.
O diagnóstico é feito por um profissional médico, e corroborado pelo exame de polissonografia.
O tratamento é feito utilizando técnicas de mudanças comportamentais, inclusive com a inclusão de cochilos durante o dia e com o uso de medicamentos específicos.
Na verdade, como presenciei recentemente uma crise de sonolência súbita em um funcionário do hospital onde trabalho, em pleno horário comercial, resolvi compartilhar estas informações com os Flâneurs e leitores, pois tenho certeza de que todos convivemos com pessoas com narcolepsia, muitas vezes sem diagnóstico e/ou tratamento.
Ah, eu ia esquecendo que, via de regra, quem sofre de narcolepsia também se queixa de insônia, especialmente de dificuldade em manter o sono noturno.
Não é um contra-senso?
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