Destino: livre arbítrio

Todos os filmes baseados em livros ou contos de Philip K. Dick são interessantes, a princípio.
Dick, meu autor favorito de ficção científica, escrevia muito, mas muito mesmo, assoberbado por idéias que brotavam continuamente em sua mente privilegiada (vide postagem prévia sobre Hipergrafia), o que o levou a escrever mal algumas vezes para passar logo para outros projetos.
O conto Adjustment Team, que deu origem ao filme The Adjustment Bureau (Os Agentes do Destino), é um desses "mal escritos" e nunca esteve entre os meus prediletos, apesar de versar sobre um tema fascinante, o livre-arbítrio.
Quando o filme foi lançado, em maio passado, acabei vacilando (ou fui repelido por forças ocultas) e o perdi nos cinemas.
Apenas ontem pude vê-lo em BD e acabei surpreso com um agradável filme, bem mais leve do que o pessimista texto que o deu origem, e marcado por boas atuações de Emily Blunt e Matt Damon.
Me parece que com este filme o roteirista George Nolfi iniciou com pé direito a sua carreira de diretor.
Amor e destino, poder e prazer, vida e morte, tudo isso estará sempre presente em nossos caminhos.
A pergunta inicial e final é: nós temos escolha?