sábado, 19 de novembro de 2011

Edu e Dorinha: a volta dos que não foram

Alguns amigos têm me perguntado pelos dois heróis fictícios (?!) do Flanar, o casal Edu e Dorinha, personagens de seis aventuras amorosas, esotéricas e eletrizantes aqui publicadas.
E é meu dever como blogger informar que eles continuam unidos e apaixonados, apesar dos fofoqueiros de plantão, principalmente os do prédio onde residem e os da academia que frequentam.
O silêncio a respeito dos dois fez-se necessário nos últimos meses, em decorrência da boataria extensa sobre quem eles seriam ou poderiam ser, tendo sido supostamente identificados uns seis Edu's e pelo menos umas nove candidatas a Dorinha foram apontadas. Mesmo a ficção deve ser preservada, não é mesmo?!
Na verdade poucos fatos extraordinários ocorreram neste período.
Há uns três meses Edu teve uma crise louca de ciúme e acabou por proibir o passeio diário de Dorinha com os dois cães da casa, Freeway e Vasconcelos, usando minúsculos shortinhos (aliás, os mesmos da malhação). Ele teve um colapso nervoso quando ouviu da própria amada o relato das palavras obcenas a ela dirigidas pelos operários de uma obra próxima, das quais apenas o termo gostosa pode ser aqui reproduzido.
Hoje Dorinha passeia com roupa "normal", o que não significa propriamente que ela use burca. Somente sua inseparável amiga Helga usa os shorts, para felicidade do mestre-de-obras e de seus pupilos.
Outro episódio relevante ocorreu há poucas semanas, quando Edu, ao entrar fora de hora em casa, encontrou Dorinha na cama do casal, assistindo a um clip da Celine Dion, abraçada a um musculoso amigo. Ela logo explicou a Edu que o amigo era gay e que estava triste pela morte de Celine Dion.
Eu soube deste acontecimento pelo próprio Edu, que me ligou e perguntou:"quando faleceu a Celine Dion?". Sem nada saber, acabei respondendo que a Amy Winehouse morrera dias antes. Edu não perdeu o rebolado e concluiu: "eu sempre me confundo com essas cantoras americanas...".
A paz reinou e reina na casa de Edu e Dorinha, sempre.
Hoje, por acaso, Edu me telefonou para contar que encontrou o livro acima na cabeceira da esposa, e me perguntou o que eu achava.
Gaguejando bastante, conseguir dizer que a autora é muito famosa pelas suas obras de auto-ajuda.
Edu, rindo, concluiu: "não, amigo, estou te perguntando o que tu achas do fato da Dorinha ter voltado a ler".
"Ufa!", exclamei para mim mesmo.
E arrematei: "tri-legal!".

6 comentários:

Silvina disse...

Rsrsrsrsrsrsrs ... "eu sempre me confundo com essas cantoras americanas"
Esse Edu é muito esperto mesmo.

Scylla Lage Neto disse...

Silvina, além de esperto, o Edu é feliz.
Kss.

Marise Rocha Morbach disse...

Gostas muito da estética japonesa; não é Scylla? Abç.

Scylla Lage Neto disse...

Aa, hontou dessu, Marise!
(sim, é verdade, Marise)
Mas acho que é algo inconsciente...
Abs.

Edyr Augusto Proença disse...

Muito bom, Scylla. Muito bom.
Abs

Scylla Lage Neto disse...

Puxa, obrigado, Edyr!
Vindo de você o elogio se potencializa.
Abs.