terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Deusa em um falso e precário Olimpo...

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Perguntar não ofende; responder é que são elas! Com o título de Ôôô, Ana Júlia a Revista Época traz uma matéria sobre o fato da Auditoria-Geral do Estado (AGE) ter apontado irregularidades em empréstimos contraídos pela gestão de Ana Júlia Carepa no valor de R$ 366 milhões com o BNDES e R$ 100 milhões com o Banco do Brasil. O que se está questionando é o desvio de R$ 77 milhões. Este desvio não é sumiço do dinheiro. Pelo contrário, a AGE afirma que não houve transparência na movimentação dos recursos, mas não diz que o dinheiro sumiu. O que parece que aconteceu é desvio na finalidade das verbas contratualmente acordadas entre o Estado e o BNDES. A jornalista Ana Célia Pinheiro em seu blog A Perereca da Vizinha faz uma abordagem clara e educativa sobre o imbróglio. Além disso, questiona a resposta de Ana Júlia Carepa à AGE. Com o título Resposta para denúncia "requentada" na Época a ex-governadora acredita que não há mais nada a ser dito sobre a questão: tudo foi esclarecido. Ora bolas, o que significa afirmar que é requentada uma questão desta magnitude? É claro que às vésperas de eleições municipais o governo de Simão Jatene vai usar toda a munição disponível contra a ex-governadora. Até porque Ana Júlia Carepa está a um passo de ser contratada para exercer a função de diretora financeira de uma subsidiária do Banco do Brasil com salário mensal de 30 mil reais.
Não se trata de notícia requentada mas de um dever claro da administração pública que é o de agir com transparência. Para termos idéia do que significa "desvio de finalidade das verbas" é só observar o que está acontecendo nas áreas impactadas pelas chuvas no RJ. Deveriam ter sido feitas obras para deter ou diminuir os impactos das chuvas sobre a estrutura urbana. Em média, apenas 20% dos valores destinados foram aplicados em tais obras. Resultado: estamos assistindo as mesmas cenas sobre os mesmos crimes: desvio de finalidade de verbas públicas. É claro que muitos administradores não tem outra saída dada a forma como os trâmites são geridos: pode ser o caso desse empréstimo às vésperas de um eleição para governo?!? Agora, a arrogância com que os administradores se dirigem ao público é simplesmente inaceitável! Está passando da hora de descerem do trono.

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6 comentários:

ASF disse...

Parabéns.

Pedro do Fusca disse...

É por isto e por outras coisas que dou razão ao nosso Senador que entende de bichos e tapioca Mario Couto quando diz da tribuna do Senado que a ex-Governadora Ana Julia e seus ptralhas deveriam a muito estarem presos se as coisas no Brasil fossem sérias. E notem bem quem diz estas palavras!

Marise Rocha Morbach disse...

Pedro, como vai? Veja bem, não faço nenhuma afirmação que resvale ou se aproxime de questões carcerárias,longe de mim.E, sinceramente, não acredito na interlocução de Mário Couto para nada que se refira à moralidade pública.
Abração!

Carlos Barretto  disse...

A corrupção, em minha opinião, é um mal apartidário, ecumênico, assexuado etc, etc. Historicamente ocorre tanto nas ditaduras quanto nos regimes democráticos.
Assim sendo, se a questão é tão somente cadeia, provada a culpabilidade no regime democrático de direito, devem merecê-la não só os "PTralhas" quanto os PSDBtralhas, PPStralhas, DEMotralhas, e outros "tralhas" que a realidade apontar.
Nem vou comentar sobre o Mário Couto.

Marise Rocha Morbach disse...

ASF, obrigado! Não sei bem qual é a razão, mas agradeço. Abração!

Marise Rocha Morbach disse...

Carlos Barreto, é isso!