segunda-feira, 5 de março de 2012

CNJ nele e já!

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O Juiz Amilcar Guimarães baixou a guarda pensando que vive no séc. XIV, e sob os auspícios da Santa Madre Igreja. Está equivocado, por certo! É certo que vive em uma cidade medieval, vitimada pelas crenças, pelos demônios e pelos pedófilos. Isso é certo! É certo que vive em uma cidade na qual cidadãos apáticos não conseguem se indignar com as injustiças. Mas ainda existe direito civil; mesmo com todas as injustiças contra os direitos civis.
Considero que as declarações do juiz ferem alguns preceitos básicos do exercício da magistratura. Talvez ele tenha se deixado levar pela prepotência e pela arrogância. Uma postura comum na magistratura paraense. Mas, veja bem, não estamos em uma estrebaria. O que pagamos para sustentar os tribunais, e o que eles significam no estado democrático de direito, não permite que aceitemos tamanha grosseria.
O texto do juiz é um primor de autoritarismo, arrogância e incitação a violência.
Quem ofendeu quem?
Temos o direito de expressar a nossa insatisfação sobre decisões judiciais; ainda mais diante de injustiças. Juízes não podem atacar cidadãos por estes emitirem opiniões; sequer podem apoiar o uso da violência contra a liberdade de expressão. Não somos servos; não somos escravos: somos homens livres em uma ordem democrática. Me sinto desrespeitada como cidadã pelo servidor público Amilcar Guimarães. Seu "manifesto" entra para a história do inverossímil judiciário paraense.
Não lamento informar: o Pará não se resume na família Maiorana. E Cecílio do Rego Almeida era um grileiro! Era sim!


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4 comentários:

Anônimo disse...

Vixe, um juiz que nem sequer sabe escrever ("dá-lhe" ao invés de "dar-lhe"), só deve servir mesmo pra jogar tênis, visto que nem brigar sabe...

(Eu arrumo confusão com os outros, mas pra isso primeiro aprendi a brigar e a atirar!)

Acho que CNJ aí é o mínimo.

Pedro do Fusca disse...

É duro saber que os nossos processos são julgados por este tipo de gente. Parabens por este seu comentário.

Marise Rocha Morbach disse...

Prof. Alan, "dá-lhe" é o mundo da diversão, eu gosto da expressão, e gosto das expressões da rua, do mundo ordinário. Mas, no caso do juiz, não gosto de nada. Penso que CNJ é a primeira porta mais cidadã à esquerda; aqui a coisa tá perigosa, e muito. Não dá prá encarar esses servidores públicos por aqui. O que mais me impressionou nesse texto é um juiz escrever lamentando a existência das demais instâncias judiciais utilizadas pelo Lúcio Flávio. Fiquei pasma com essa. Abs.

Val-André Mutran  disse...

Mas que beleza! Quer dizer então que o Juiz Amilcar Guimarães acha que pode avocar para si a "Lei de Gerson?". Lei que não existe na prática, mas que designa o comportamento de vagabundos que abundam neste país?
Quer tirar vantagem do Estado e ganhar uma aposentadoria na Compulsória?
CNJ nele Já! Ele vai ver o que é bom pra tosse.