sexta-feira, 14 de setembro de 2012

A Pérola

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Como não falar de Santarém? Quem não conhece não sabe o que está perdendo. O Baixo Amazonas é uma das regiões mais bonitas do planeta. Beleza é um atributo que deixa os moradores da região muito orgulhosos. Mas, inimigas da beleza, são, talvez, as elites mais atávicas que tive a oportunidade de conhecer. Atavismo no sentido poético: presas em seus umbigos: ensimesmadas.Acredito que 5 bacias hidrográficas estão no entorno  de  Santarém; mas a cidade padece de um problema crônico de falta de água. Crônico e desesperador. As instalações da Cosanpa são antigas e precárias. Quem mora na parte alta da cidade, e não tem poço, vive mendigando por água, pedindo nos vizinhos, enfrentando filas. E isso há décadas. Perto de  trezentos mil indivíduos jogam seus esgotos diretamente no Rio Tapajós: um dos mais belos rios do mundo. Como em Belém, todos os municípios no entorno de Santarém demandam por saúde pública. Mas não há médicos, nem hospitais, que possam atender  demandas crescentes na área da saúde. Acredito que o sistema de arrecadação de IPTU, e demais tributos públicos, seja tão precário quanto o sistema de abastecimento de água. Por outro lado, temos por lá os mesmos problemas que afligem os demais municípios paraenses: ausência de gestores qualificados, e de uma burocracia, no setor administrativo, em condições de planejar e construir políticas públicas de médio e longo prazo. Sem falar da baixa densidade cívica da população. A separação do território paraense é, ainda, um sonho acalentado pelas populações do Oeste paraense. Com as elites que governam por lá; e com as saúvas que trabalham noite e dia pelos seus interesses, não vejo em que isso vá resolver a ausência de um projeto econômico e político para o desenvolvimento daquela região? Não há empregos em Santarém: não há! Fala aí Jatene: qual é o projeto do PSDB para o desenvolvimento econômico do Oeste do Pará; e que não seja um ginásio poliesportivo? Qual é?

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