quarta-feira, 14 de novembro de 2012

O brado retumbante!

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Véspera de um feriado que comemora a Proclamação da República: Da morte de Tancredo Neves à posse de Dilma Rosseff , - passamos pelo impeachment de Collor, pelo assassinato de PC Farias; e pela condenação de José Dirceu. Quantos ícones temos para refletir sobre a Nova República? Quantos fatos  marcantes, dramáticos e desencorajadores marcaram a jovem Nova República? Jovem: é fato! Mas ainda com muitos setores controlados pelas velhas oligarquias brasileiras. Elas estão de volta na Bahia; e nunca saíram do Maranhão. Dilma Rousseff experimentou os horrores da tortura; e hoje ocupa o posto de mandatária do Executivo da Federação. Quem diria? Ninguém! Ninguém que experimentou os anos de chumbo na pele e nos nervos! Que bens públicos foram constituidos ao longo desta jovem Nova República?  Voltando à literatura - e ao o que os escritores nos legaram em memória e exercício da crítica -,  temos O Triste fim de Policarpo Quaresma  - do genial Lima Barreto - descrevendo o que havia de bufo, de fanfarrão, de melancólico, e de violento; naqueles que proclamaram a República Brasileira, em 15 de novembro de 1889. A triste e equivocada figura de Floriano Peixoto. O nacionalismo atávico e equivocado de Policarpo Quaresma; e que, sem dúvida, era um personagem repleto das melhores intenções: Estas que ainda enchem os infernos.......Mas, e enfim, o que produzimos como bens públicos, na Nova República? Diria sem pestanejar: liberdade política; mesmo que sobre o controle dos oligarcas. Reforçamos os nossos ideais de igualdade. E temos lutado no from da equidade. Estamos longe de sermos perdedores apáticos e sem voz; e ainda estamos procurando por saídas para a pobreza, a ignorância e a injustiça. Penso que estamos melhor agora. Prefiro o agora: mesmo que não possa me alegrar com os fatos; e que ainda não escute o brado retumbante.

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2 comentários:

Erika Morhy disse...

Roteiro bonitão, Marise. Bonitão, poeticamente falando...

Marise Rocha Morbach disse...

Que bom: "poeticamente falando" é a minha praia, nestes tempos de tantos envolvimentos com a ciência só o "poeticamente falando" me conduz à praia; bjs.