domingo, 13 de janeiro de 2013

Marajó!

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Chegando em Breves....na beira-rio as casas de madeira e os pés de Açaí, como nas pinturas dos caboclos talentosos......Muitos barcos; de todos os tamanhos e feitios. As  caboclas lindas vestindo  pequeninos shorts – pura redundância -; pernas esplendorosas, saltos altos, cabelos lisos. Simplesmente lindas. Os tipos marajoaras na mistura de portugueses, negros, índios, e nordestinos. São centenas de nordestinos: cearenses em sua maioria. Chegando em Breves pelo porto: ruas largas e  farmácias; ramo  que os nordestinos dominam. O Hotel em que estou  tem escadas para alpinistas. São íngremes e de degraus tão altos, que penso em fundar uma nova engenharia de se chegar aos céus. O tempo é outro. Os modos: outros?  Não mesmo. O Pará do Norte vive em Belém. Trabalha aqui, mas mora aí. São  a grande maioria dos moradores de Belém. Mesmo que pintem  os  cabelos  de loiro;  usem  salto alto, camisetas com palavras em Inglês - e falem no  celular com a desenvoltura de quem toma açaí todos os dias -, são belemenses. Curtem o Ver-o-peso,  a Yamada e a Visão. Estão nos barcos como nos ônibus:  desalinhados e precários.  Os banheiros são um capítulo a ser reescrito em algum manual de  higiene; e que não tenha sido escrito pelos nossos avôs portugueses: todos aqui:  em Breves. Nossa Senhora de Breves nos aguarda no porto, com seu filho português. Alta, branca, azul  e rosa:  Nossa Senhora de Breves! Chove, e a umidade  toma conta dos ossos e da alma. Delícia: sou um peixe branco de olhos verdes. Alemã, portuguesa, índia, negra, nordestina: paraense da gema!!


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6 comentários:

Geraldo Roger Normando Jr disse...

Soure, Salvaterra e Breves,
meu Gurupá,
Certamente a vida começa lá... (Alfredo Reis, em: "Como um solitário boto")

Edyr Augusto Proença disse...

Alemã, portuguesa, índia, negra, nordestina, paraense. Um breviário.

Lafayette Nunes disse...

Marise, a preta ainda está por aí?

Marise Rocha Morbach disse...

Edyr: brevíssimo.

Marise Rocha Morbach disse...

Lafayette, eu estou na outra banda do Marajó; mas, a Preta, continua por lá: linda, pesada e solta,rs.

Anônimo disse...

A beleza da cabocla paraense ainda é desconhecida do grande Brasil. Essa semana eu estava mostrando o DVD do Terruá Pará 2 pra uns colegas, e eles acharam uma gracinha a Keilinha, da Gang do Eletro. Típica cabocla do nosso Norte. A maioria era do Sul/Sudeste e nunca tinha visto beleza daquele estilo.

Precisamos de uma campanha de divulgação da beleza cabocla!