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Chegando em Breves....na beira-rio as casas de madeira e os pés
de Açaí, como nas pinturas dos caboclos talentosos......Muitos barcos; de todos os tamanhos e feitios. As caboclas lindas vestindo pequeninos shorts – pura redundância -; pernas esplendorosas, saltos altos, cabelos lisos. Simplesmente lindas. Os
tipos marajoaras na mistura de portugueses, negros, índios, e nordestinos. São
centenas de nordestinos: cearenses em sua maioria. Chegando em Breves pelo porto: ruas largas e farmácias; ramo que os nordestinos
dominam. O Hotel em que estou tem
escadas para alpinistas. São íngremes e
de degraus tão altos, que penso em fundar uma nova engenharia de se chegar aos
céus. O tempo é outro. Os modos: outros? Não mesmo. O Pará do
Norte vive em Belém. Trabalha aqui, mas mora aí. São a grande maioria dos moradores de Belém. Mesmo
que pintem os cabelos
de loiro; usem salto alto, camisetas com palavras em Inglês -
e falem no celular com a desenvoltura de
quem toma açaí todos os dias -, são belemenses. Curtem o Ver-o-peso, a Yamada e
a Visão. Estão nos barcos como nos ônibus: desalinhados e precários. Os banheiros são um capítulo a ser reescrito
em algum manual de higiene; e que não tenha sido escrito pelos nossos avôs
portugueses: todos aqui: em Breves. Nossa Senhora de Breves nos aguarda no
porto, com seu filho português. Alta, branca, azul e rosa: Nossa Senhora de Breves! Chove, e a umidade toma conta dos ossos e da alma. Delícia: sou
um peixe branco de olhos verdes. Alemã, portuguesa, índia, negra, nordestina:
paraense da gema!!
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6 comentários:
Soure, Salvaterra e Breves,
meu Gurupá,
Certamente a vida começa lá... (Alfredo Reis, em: "Como um solitário boto")
Alemã, portuguesa, índia, negra, nordestina, paraense. Um breviário.
Marise, a preta ainda está por aí?
Edyr: brevíssimo.
Lafayette, eu estou na outra banda do Marajó; mas, a Preta, continua por lá: linda, pesada e solta,rs.
A beleza da cabocla paraense ainda é desconhecida do grande Brasil. Essa semana eu estava mostrando o DVD do Terruá Pará 2 pra uns colegas, e eles acharam uma gracinha a Keilinha, da Gang do Eletro. Típica cabocla do nosso Norte. A maioria era do Sul/Sudeste e nunca tinha visto beleza daquele estilo.
Precisamos de uma campanha de divulgação da beleza cabocla!
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