Não, não. Não
quis dizer que Dan, meu filho, voltou para casa após estudo fora do país. Quis,
sim, me referir a Dan Brown, o autor do Best
Seller “Código Da Vinci”, velho conhecido. Ele me sai agora com “Inferno”
(Editora Arqueiro). Vem para reavivar, à sua feição, a obra de Dante Alighieri,
artista italiano. Tudo se passa na bela Florença de Dante.
Eu gosto de
Dan Brown. Ele é muito pulsante em seus textos e “Inferno” não é diferente. Acabei
de passar por um momento no livro que me lembrou quando estive, boquiaberto,
defronte de um Michelângelo, tal como o personagem em epígrafe: “Ao ver pela primeira vez Davi de
Michelangelo, ainda adolescente, Langdon ficara hipnotizado. Lembrava de entrar
na academia delle Belle Arti, de
passar lentamente pelas macabras estátuas Prigioni
e então de sentir uma força inexorável atrair seu olhar para cima em direção à
obra prima de mais de cinco metros de altura. As proporções gigantescas do Davi
e sua musculatura definida espantavam a maioria das pessoas que o viam pela
primeira vez.”
A magia de Dan
é enigmática. Robert Langdon, sua criação humana, é diabólico e misterioso; passeia
pela clássica obra do poeta italiano Dante Alighiere forçando-nos a parar de
respirar a cada desdobrada de sua trama. Às vezes não é só a respiração que
para, mas o pulso -, que não pulsa.
Seus livros
são repletos de códigos, símbolos e conspirações. Seus leitores adoram. “Quando
coisas ruins acontecem no mundo, nos confortamos em buscar a razão de toda
maldade. Tenho fascinação por conspiração, símbolos antigos e códigos secretos.
Isso me leva a uma relação com o cotidiano de cada um de nós”, reporta Dan
Brown.
Toda essa
fascinação de Brown vem da infância, quando seus pais decidiram não ter
televisão. Ao invés da tevê, eles passavam longas horas montando quebra-cabeças,
palavras cruzadas e anagramas, além de praticar música. Todo natal os pais de
Brown elaboravam caça-tesouros e, no final da trilha, repleta de códigos, o
último deles levava ao presente mais importante do natal. Teve um ano, por
exemplo, que o código final era: TOCEP. Após horas tentando decifrar ele dizia
que aquele era o maior presente e teriam que conseguir. Nossas férias foram no
Epcot Center (anagrama de TOCEP), na Disney.
Brown também
se envolveu com música sacra. Certa vez (1983) foi a Veneza, catedral de São
Marcos, e sentiu que aquelas estátuas de ouro o influenciaram fortemente em “Inferno”. Assim nasceu a sua nova trama.
Aquele Dan
Brown voltou... o meu estar por vir.
2 comentários:
Viva ao Dan que está por vir!Quanto a este Dan: não gosto, rsrsrs.
Marise, o Dan que está por vir, hoje é o meu maior porvir.
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