Não, não digo deste último 22 de abril - aniversário do
Brasil. Este, não sei por que, rebocou-me à infância entre rios e
barrancos do Acre e Rondônia.
Lá, no grupo escolar, comemorávamos: cantávamos
parabéns, apagávamos velas e tinha bolo de milho. Este vinte e dois
me pareceu mais um sábado-de-cinza que empalidece coração, entoca sopro
nos pulmões e deixa esquina sem pé-de-flor.
Meu Brasil, alado, não voou, apenas esvoaçaram penas e
descargas de melenas no ventilador de teto.
De tal modo, eu era sedento por ideias e o meu quase nada de outrora
já me tornava um escrevinhador de sombras alheias num país de interiores gigantes, como os da minha infância.
Eu, amuado, tornando difícil escrever linhas, vi que os
últimos jatos de tinta foram lavados e minha alegria foi desatarrachada do
papel, da tecla e do país onde moro.
E agora, Berthold Brecht? o que será de minha práxis, desta ode e deste ódio? Restaram-me alergia e uns três espirros...
Enquanto seu lobo não vem sigo os talhos circum-retos da
ciência, pois as linhas curvas da escrevinhação viraram cama dura, de
cimento úmido, com lápis sem grafite a me destornar a felicidade do menino
feliz quando acordava do ressentimento de ser gente só para desenhar a
alma do país.
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