A
china de outrora traduz o selo da longevidade na pintura “Grande tio-avô Yizhai
na idade de 85”, período da dinastia Ming (1368 a 1644) – pós-queda dos Mongóis. A obra em
pergaminho é citada como autoria de Ruan Zude (1561 ou 1621), exposta no MMA,
Nova York.
Não obstante, durante a visita à Cidade Proibida, em Beijing, encontra-se
a escultura de uma tartaruga com cabeça de dragão fincada na entrada de uma das
tantas edificações. Representa a longevidade que os chineses d’antanho já se
preocupavam. Está na alimentação o ponto-chave, tendo o chá como a melhor inferência.
Quem visita a China percebe a quantidade de idosos nas calçadas e alguns até
escalando a Grande Muralha, mesmo em passos de cágado. Num país em que a
prevalência de cânceres de pulmão é alta e onde vive a maior população do
planeta, a arte Ming vale como referência milenar aos bons hábitos alimentares, e isso pode
superar o contrapeso das doenças cancerígenas numa população geneticamente
desfavorável, que vive num bioma nocivo por conta de agentes carcinogênicos
inalatórios (poluição).
Se arregalarmos um dos olhos e vislumbrarmos os
asiáticos, um sachê de chá todos os dias poderá acrescentar uns passinhos a
mais nos degraus do tempo. Com o outro olho, atiçado pela ciência, a gente começa a ver que
ômega-3 versus radicais livres precisam ser bem entendidos para nos alimentarmos de
forma serena e oxigenada.
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