Muito provavelmente sem assunto, o jornalista Josias de Souza anda abrindo o armário e deixando escapar suas preferências eleitorais. No dia 12, publicou uma nota informando que a comitiva presidencial havia desrespeitado os limites de velocidade em Brasília. Só que esta informação virou:
Lula desrespeita limite de velocidade em Brasília.
Escalado para acompanhar o presidente, o repórter Lula Marques seguiu a comitiva. Viu-se diante de um descalabro. Deslizando por uma via rente ao Setor de Clubes da Capital, o comboio presidencial corria a mais de 120 km por hora (veja no destaque o velocímetro do carro da reportagem no instante da “perseguição”). Ao longo do percurso, há um sem número de placas indicando a velocidade máxima permitida: 70 km.
Ora! Parece até que Lula não é o Presidente da República e que seus serviços de segurança não deveriam ter a atitude recomendável de proteger o presidente. Imaginem fazer isso deslocando-se a 70 km/h. Até concordaria que 120 km/h é demais. Mas daí a dizer que a pessoa do presidente desrespeita limite de velocidade, é outra coisa. É parte do tal "concurso de porrada".
2 comentários:
Três questões o repórter não conta:
1) trajeto e velocidade de comboio presidencial é decidida pela equipe de segurança. Cabe a chefia de gabinete presidencial apenas informar horários e destinos;
2) na medida em que o comboio presidencial se desloca batedores à frente vão fechando os possíveis acessos de outros carros e pedestres, de tal forma que só o comboio avança. Por essa razão existem semáforos estratégicos na frente do Palácio do Planalto que são acionados assim que a comitiva presidencial começa a se deslocar para sair ou entrar.
3) naquela via pública praticamente apenas circulam carros, e quase todos eles respeitando os tais 70 km apenas quando se aproximam dos controles eletrônicos de velocidade... Antes desses, voam.
De todo modo a segurança deveria aliviar o pé no acelerador. Não é aceitável, a menos que exista uma justificativa bem clara para dirigir assim. 120 km é uma velocidade de risco, inclusive para os ocupantes dos veículos. Lembremos do acidente da Princesa Diana em Paris, plenamente discutido aqui neste blogue.
Conheço bem os "pardais" de Brasília, morei lá e fui "contemplado" por duas vezes com flashes que surgiram como relâmpagos clareando tudo atrás do carro. Uma assunto muito discutido no Distrito Federal era o excesso de radares, principalmente no plano piloto, mas a medida é necessária pra controlar os mais apressadinhos que aproveitam a característica de longas retas das vias na capital federal.
Mas funciona assim mesmo: memorizam os pontos com radar, ficam atentos à sinalização para só reduzirem a velocidade bem próximo dos sensores na pista.
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