Saída honrosa

Os estudantes aquartelados na sede da reitoria da UFPa, esmagados pela opinião pública e desarmados em argumentos na reunião com o Reitor na segunda-feira, agora querem fazer uma contra-proposta em busca de "firulas de rodapé" no acordo original.
Na verdade, parecem mesmo buscar uma espécie de saída honrosa para o desastre em que se meteram.
Ou então, desejam provocar mesmo a desinterdição policial do prédio da reitoria, para meramente conseguir projeção nacional. Assim, vão conseguir afirmar em seus panfletos coisas como "a polícia do Reitor" ou "Nosso partido, são os trabalhadores", como já vem acontecendo no informativo do SINTUFPa.
Velha tática do final da década de 60, plenamente justificada diante de uma ditadura feroz, onde um mártir, gerava mais protestos e assim por diante.
Desnecessário ressaltar as gritantes diferenças do contexto atual.
A polícia não será do Reitor, mas sim da sociedade que deseja o verdadeiro diálogo democrático, em torno de reais diferenças e não de atitudes desproporcionais, despropositadas ou até mesmo, com propósitos bem definidos mas obviamente inconfessos.
A única honra disponível agora, é tão somente desocupar o prédio e partir para as mesas de negociação permanente, onde a troca de simples argumentos e exposição de contrapontos, pode gerar o avanço que a sociedade deseja para a academia, sustentada pelo seu, pelo meu, pelo nosso suado trabalho.