Os serviços de acesso à internet disponibilizados com alarde pelas operadoras de celular, no estilo GPRS, precisam ser analisados com muita cautela pelos usuários, em especial aqueles pouco informados sobre as tecnologias existentes e tarifas cobradas por megabyte utilizado.
No atual perfil, trata-se de uma boa porcaria. Longe atingir os prometidos 300 kbps, (na melhor das hipóteses consegue-se taxas de acesso semelhante a linha discada de 56 kbps), tudo é muito caro.
Talvez para consultas ocasionais a e-mails (sem permitir anexos), ele ainda se justifique. Isto se o consumidor manter rígido controle sobre sua taxa de uso mensal, não deixando em nenhuma hipótese o consumo em megabytes suplantar a franquia de 1 megabyte/mês contratada com a operadora.
Lembrando que 1 megabyte representa 1024 kbytes, vamos às contas:
Cada e-mail de texto (sem anexos), em média tem tamanho que pode oscilar em torno de 17 a 32 kbytes podendo chegar a um pouco mais, dependendo da extensão do texto. Já as páginas web, dependendo da quantidade de imagens associadas a elas, podem atingir valores bem maiores, esgotando em pouco tempo a franquia mensal contratada com operadora, chegando a mais de 100 kbytes por página visitada. É o caso certamente, dos grandes portais de notícias.
Além do mais, a navegação nas telinhas dos celulares não é nada animadora.
Mas aqueles que desejam utilizar a linha de celular GPRS associada a seu computador portátil, utilizando para isso os chamados minimodems, poderão usufruir uma visualização normal das páginas web, mas a um custo estratosférico.
Sendo assim, esqueça este serviço ainda muito caro e ineficiente.
Caso contrário, poderá vivenciar o que a consumidora Virgínia da Silva experimentou, segundo a ótima coluna Voz do Consumidor do Diário do Pará.
Valor da fatura assusta cliente
A estudante Virgínia da Silva adquiriu linha da Amazônia Celular que incluía modem para acesso ilimitado à Internet com custo mensal de R$ 110. “Só que pouco tempo depois disseram que eu teria limite de acesso de 1G no valor de R$ 99. Eu aceitei mesmo sem saber quanto isso representava no mês, pois a operadora não soube explicar”, diz. Desde então ela vem tomando sustos com os valores das faturas. “A primeira ficou em mais de R$ 6.500”, afirma. No mês seguinte, com apenas dez dias de uso, a conta estava em R$ 900. “Pedi para cancelarem, mas nada fizeram. Acabei recebendo outra conta, sem ter acessado, de R$ 1.700”, afirma. A consultora jurídica do Procon, Regina Vaz, informa que modificações antes do prazo de vigência do contrato são irregulares. A desistência do consumidor é cabível, “pois não tinha capacidade técnica para avaliar a capacidade de transmissão de dados. Por ser um acesso limitado ela deveria ser informada quando o limite era completado”, diz.
ESCLARECIMENTO - Em nota, a operadora esclarece que “o serviço de Pacote Internet GPRS/Edge Max foi cancelado em 03/07/2007, conforme solicitação da Sra. Gisele Luciene Oliveira da Silva. Por este serviço, ocorria a cobrança mensal de R$ 99,90. A operadora esclarece que a fatura para o pagamento foi gerada proporcionalmente aos dias utilizados no mês de julho, com vencimento em agosto de 2007. A Amazônia Celular informa que não houve irregularidade na cobrança, uma vez que o pacote foi cancelado por solicitação da cliente, e, apesar de haver solicitado o cancelamento, a cliente continuou utilizando o serviço. A operadora esclarece, ainda, que a Sra. Virgínia da Silva - usuária do serviço - foi contactada e informada sobre os procedimentos que geraram as faturas. Na oportunidade, foi orientada sobre a possibilidade de um parcelamento de seus débitos”.
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