Li no blog do Yúdice que A Última Ceia, obra de Leonardo Da Vinci, está agora na internet, em 16 bilhões de cores. O sítio é realmente sensacional.
Yúdice disse muito bem: Da Vinci é pop. A propósito desta afirmação, lembrei-me de uma experiência pessoal.
Estive em Paris há dois anos, em setembro/outubro de 2005. Como programa obrigatório, fui com minha mulher ao Louvre. Mais obrigatório ainda, fui ver a Mona Lisa. Naquele momento, em frente àquele quadro pequeno e com dezenas de pessoas em volta, a primeira coisa que me veio na cabeça foi o seguinte: eu, naquela sala, em frente ao quadro, via o original do que vinha à cabeça de milhões de outras pessoas, no mesmo exato momento, em milhares de outros lugares pelo mundo. Afinal, representações da Gioconda existem aos montes, sob várias formas, em todo lugar: propagandas, fotografias, referências pictóricas ou textuais. Faz parte do imaginário coletivo, tanto no Ocidente quanto no Oriente, a imagem da jovem nobre à frente de uma paisagem indefinida e de "sorriso enigmático", para usar um clichê sobre a tela.
A experiência de estar em um local para onde converge o pensamento de milhões, naquele exato momento em que você está lá, é quase mística. Da Vinci, realmente, é um astro.
2 comentários:
Grato pela referência, Francisco. E a alusão que fiz à cultura pop vem exatamente daí: do fato de Da Vinci estar no imaginário coletivo mundial. Isso que é imortalidade!
Yúdice, o que é bom tem que ser referido.
Pode acreditar em mim: não exagerei em nada em meu relato sobre o "encontro" com Mona Lisa.
Abs e bom feriado.
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