terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Bota-abaixo o bloqueio

Por maioria, em novembro, a Assembléia Geral das Nações Unidas condenou o embargo econômico dos EUA a Cuba, um dos últimos resquícios da Guerra Fria e que dura há 45 anos. A ONU, na ocasião, recomendou pela décima vez que fosse suspenso essa medida de guerra contra o governo de Havana. Além de prejuízos econômicos na ordem de 222 bilhões de dólares demonstrados pela ONU, a Associação Médica Norte-Americana acresce que o bloqueio pode ser responsabilizado por graves problemas na saúde do povo cubano, impedidos durante décadas de acessar tecnologia e medicamentos de primeira necessidade.
Num movimento que parece articulado, este mês, a partir de solicitação de Alice Alonso, diretora do Balé Nacional de Cuba, cidadãos norte-americanos, em que se incluem Sean Penn, Danny Glover, Gore Vidal, Alice Walker, Ry Cooder e grande elenco, enviaram à Casa Branca apelo para que fosse revista a política norte-americana de contínua hostilidade contra o governo do presidente Fidel Castro.
É de fato uma situação absurda, mantida pela paralisia da diplomacia desarmada dos EUA e pelo tremor de Washington (Democratas ou Republicanos) de contrariar os contra cubanos, que pesam nas eleições presidenciais. Portanto, não tem nada a ver com o socialismo caribenho de Castro, pois senão a aproximação com a híbrida China (com enclaves capitalistas, mas comunista) não teria evoluído tão favoravelmente, ao ponto de Pequim mandar semana passada os navios da invencível armada voltarem da beira do cais para águas internacionais, como represália ao fato do Presidente Bush ter andado de afagos com o sempre risonho Dalai Lama.

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